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F. Ciências Sociais Aplicadas - 7. Demografia - 1. Componentes da Dinâmica Demográfica
MORTALIDADE DOS IDOSOS NAS ÁREAS URBANAS DO BRASIL
João Batista de Carvalho 1 (jb.de.ufpb@bol.com.br), Neir Antunes Paes 1, Jozemar Pereira dos Santos 1 e Telmo Cristiano G. da Silva 1
(1. Depto. de Estatística, Universidade Federal da Paraíba - UFPB)
INTRODUÇÃO:
Tornar-se velha é o destino provável da população brasileira particularmente a urbana. Mais de 80% da população é urbana e a proporção de idosos tem crescido rapidamente desde que as transições epidemiológicas e demográficas foram desencadeadas pelo menos desde os anos 80. No entanto, o conhecimento da mortalidade dos idosos por suas causas de morte ainda é incipiente quando se trata em dar um tratamento padronizado para todas as unidades geográficas. O principal objetivo deste trabalho consiste em examinar tendências, diferenciais e determinantes das principais causas de morte da população idosa urbana no Brasil de 1990 a 2000 e encontrar associações com indicadores sócioeconômicos.
METODOLOGIA:
As cidades capitais foram tomadas como representantes da população urbana. Elas foram classificadas de acordo com a qualidade dos registros de óbitos, os quais foram extraídos do Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde. Indicadores como proporção e taxas de mortalidade padronizadas por causas básicas foram calculadas por idade e sexo para todas as capitais brasileiras. Para o estudo das associações da mortalidade por causas e indicadores sociais e econômicos foi utilizado modelos lineares generalizados e os modelos finais foram selecionados usando o procedimento “stepwise”.
RESULTADOS:
Para uma boa parte das capitais, indistintamente da região a que pertence, as taxas de mortalidade por causas mostraram um perfil típico onde predominaram as doenças crônico-degenerativas seguidas das doenças endócrinas e respiratórias. Houve indícios de descensos para várias causas e aumento do diferencial entre os sexos em favor das mulheres.
CONCLUSÕES:
Embora tenha sido encontradas associações significativas da mortalidade com variáveis sócioeconômicas e a despeito de haver diferenças regionais, não há fortes indicativos de que a transição epidemiológica das populações idosas das capitais das regiões mais desenvolvidas esteja em um estágio mais avançado e diferenciado que as demais.
Palavras-chave:  mortalidade; mortalidade dos idosos; causas de morte.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005