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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública | ||
VISITA DOMICILIÁRIA: refletindo sua prática e capacitação. | ||
Adriana Bezerra Brasil Albuquerque 1 (adrianaalbuquer@fortalnet. com.br), Jaqueline Caracas Barbosa 1, Maria Vaudelice Mota 1, Danielle Teixeira Queiroz 2, Sarah Maria Fraxe Pessoa 2, Maria Solange Araújo Paiva Pinto 3 e Rita de Cacia Fajardo Valente Lima 3 | ||
(1. Depto. de Saúde Comunitária - UFC; 2. Depto. de Enfermagem - UFC; 3. Serviço de Educação Continuada - Hospital Geral César Calls) | ||
INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO - A visita domiciliária (VD) é uma prática que vem sendo realizada desde os primórdios dos tempos. No Brasil esta prática surgiu no início do século XX (por volta de 1919) com a criação do serviço de Enfermeiras Visitadoras no Rio de Janeiro. Esse serviço destinava-se a atender pessoas com tuberculose e assistência materna infantil enfatizando ações de promoção à saúde e a prevenção de doença. Segundo Mazza (1998) a visita domiciliária constitui uma atividade de assistência à saúde exercida junto ao indivíduo, à família e à comunidade. A literatura sugere que a VD seja dividida em algumas etapas seguindo a seguinte metodologia: identificação do cliente, priorização das visitas, definição dos objetivos, planejamento, recursos necessários, plano terapêutico, avaliação, tempo e horário da visita, definição do responsável pela visita e registro. Este trabalho surgiu com a necessidade de se avaliar a efetividade de uma VD. A partir de então tornou-se relevante à medida que propiciará ferramentas para um mudança de atitude por parte dos profissionais que as executam. Teve como objetivos: identificar o conhecimento e a percepção dos profissionais médicos e enfermeiros que atuam no programa de saúde da família acerca da prática de VD, como foi sua capacitação e educação continuada para essa atividade e conhecer a percepção de enfermeiros e médicos de família sobre VD |
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METODOLOGIA:
METODOLOGIA - Estudo de natureza qualitativa, realizado em uma Unidade Básica de Saúde da Família em Fortaleza / Ceará . Os sujeitos da pesquisa foram cinco médicos e cinco enfermeiros. A coleta de dados se deu a partir de entrevista semi-estruturada, gravada após consentimento dos participantes. A análise dos dados foi feita mediante categorização através da construção de quatro grandes temáticas e em sub-temáticas. |
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RESULTADOS:
RESULTADOS – O roteiro de entrevista foi dividido em quadro grandes temáticas. A primeira temática foi o Significado da visita domiciliária, a segunda a Percepção da Prática em VD, Terceira, Capacitação em VD e Última Educação Continuada em VD. Entretanto com a riqueza de respostas tornou-se necessário caracterizar em sub-temáticas.Tendo sido relevante o relato dos profissionais no que se refere ao contexto familiar, relacionamento com a família, prestar assistência à pacientes com dificuldade de ter acesso a Unidade Básica de Saúde da Família, a importância da visita, identificação de necessidades não atendidas no consultório, intervenção e promoção da saúde na VD, a diferença da consulta da visita, dificuldades encontradas na visita com relação a tempo e demanda, a capacitação em graduação e pós-graduação e pouca capacitação na literatura, existe uma deficiência com a educação continuada. |
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CONCLUSÕES:
CONCLUSÕES - A VD é um instrumento que facilita o profissional ter uma visão mais macro da família, sendo um método de apoio do Programa de Saúde de Família, bem como uma ferramenta de identificação do paciente que não vai na Unidade e deverá ser realizada pela equipe de saúde da família. A priorização é feita aos pacientes idosos, acamados, com doenças crônicas degenerativas. È também uma forma de proporcionar uma abordagem com a comunidade. Foi percebida nas falas dos entrevistados a ausência de planejamento para as VD. Foi constatado que, por qualquer razão administrativa ou não a VD é suspensa. A capacitação da VD é uma dificuldade ainda nos nossos dias. Alguns relatam ter sido capacitados só na graduação, outros na prática diária e poucos através da literatura, existindo assim a necessidade de uma política de educação continuada. |
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Palavras-chave: Visita domiciliária; Saúde da Família; Unidade Básica de Saúde da Família. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |