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B. Engenharias - 1. Engenharia - 3. Engenharia Civil
MODELAGEM ESPACIAL PLUVIOMÉTRICA : UMA ABORDAGEM GEOESTATÍSTICA
Otto Corrêa Rotunno Filho 1 (OttoRotunno@aol.com), Marisa Carvalho Durão Barbosa 1, Ana Paula Furtado Lou 1, Isabella Vaz Leal da Costa 1, Juliana Pereira Pardal Pinho Carline 1 e Vivian Melo do Amaral 1
(1. Departamento de Engenharia Civil, Laboratório de Hidrologia - COPPE UFRJ)
INTRODUÇÃO:
A água ocupa uma única posição ímpar na história do nosso planeta. Nenhuma outra substância natural pode ser comparada em termos de sua influência no curso do mais elementar processo geológico. Todas as substâncias da terra, seja mineral, rocha ou organismo vivo contém água. Todo desenvolvimento da Terra é afetado pela água de alguma forma.
A hidrologia, por sua vez, trabalha, principalmente, com o movimento, a distribuição e armazenamento da umidade. O domínio da hidrologia está confinado ao sistema terrestre, mas pode incluir aspectos dos sistemas atmosférico e oceânico, que diretamente afetam o movimento da umidade no sistema terrestre.
Uma bacia hidrográfica, apesar de suas variadas características topográficas, geológicas, climáticas e diversidade de sua utilização, representam um clássico exemplo de ecossistema, onde as relações entre o homem e a natureza merecem ser estudadas e entendidas.
Nesse contexto, o presente trabalho enfatiza o estudo da precipitação, em particular a chuva, que constitui-se na expressão de uma série de processos que ocorrem na atmosfera em diferentes escalas, incluindo formação das nuvens. Seu estudo é de interesse especialmente para a hidrologia, oferecendo insumos importantes para a compreensão do ciclo hidrológico.
METODOLOGIA:
Nesse estudo, uma análise geoestatística foi feita para que se verificasse a presença ou não de uma estrutura de correlação espacial entre os dados extraídos do radar e os dados obtidos pelos postos pluviométricos. A abordagem utilizada foi o uso de técnicas geoestatísticas incluindo a construção de variogramas e covariogramas. Verificada essa correlação foi empregado, então, o método Krigagem Bayesiana. Este consiste em um termo genérico , utilizado em geoestatística, para uma família de técnicas de previsão baseado no princípio de se obter a melhor estimativa linear não tendenciosa tentando, assim, mesclar informações quantitativas e qualitativas.
O modelo geoestatístico de krigagem bayesiana foi aplicado para o evento frontal, ocorrido no dia 04/02/95. A análise foi feita em uma área reduzida, abrangendo a região dos postos, já considerando a hipótese de isotropia e a chuva média do evento.
RESULTADOS:
Como resultados desse método obtivemos mapas com a distribuição espacial dos dados dos postos e do radar integrados, ou seja, a distribuição espacial da chuva. E estes resultados indicam a importância de se incorporar a estrutura de correlação espacial na estimativa e modelagem pluviométrica. Para esse estudo foi feito o uso do Sensoriamento Remoto.
CONCLUSÕES:
Confirmou-se a relação espacial existente entre os dados dos postos e do radar para o evento do dia 04/02/95.
As estimativas de chuva obtidas pela modelagem de krigagem bayesiana foram reveladoras do potencial de utilização de um referencial geoestatístico no estudo da variabilidade espacial de eventos chuvosos, em complementação à relação ZR, comumente utilizada nos radares meteorológicos. A capacidade de captar a estrutura de correlação espacial presente nos dados de radar meteorológico aliada a informações quantitativas de postos pluviométricos torna a modelagem bayesiana uma ferramenta bastante promissora em estudos hidrometeorológicos.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Modelagem; geoestatística; espacial.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005