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H. Artes, Letras e Lingüística - 3. Literatura - 5. Teoria Literária | ||
A PERSPECTIVA SEMIOLÓGICA DAS PERSONAGENS FEMININAS EM A HORA DA ESTRELA , DE CLARICE LISPECTOR | ||
Fabília Aparecida Rocha de Carvalho 1, 2 (fabiliaa@zipmail.com.br), Maria Cristina Melo Nascimento 2, Simone Contreira da Rosa 2, Silvana Dantas Fontes 2, Joelisane L. N. Bezerra 2, Gessenalva Andrade Santana 2, Maria Aparecida Santana 2, Raimundo Fagner Santos Vieira 2, Maria da Piedade Silva Santana 2 e Serápia Pandini Santana 2 | ||
(1. Pós Graduação em Estudos Literários, Universidade Estadual Paulista - UNESP.; 2. Curso de Letras da Faculdade José Augusto Vieira - FJAV.) | ||
INTRODUÇÃO:
Este trabalho analisa como as vozes sociais se manifestam em A hora da estrela, de Clarice Lispector, narrativa em que encontramos duas personagens femininas, Macabéa e Glória, representando as vozes de dois espaços que definem a oposição entre elas: de um lado, o sertão, e de outro lado, o mar. Os espaços considerados privilegiados nessa narrativa reiteram a leitura dos traços dominantes destas personagens, acentuando as diferenças entre a sertaneja e a carioca |
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METODOLOGIA:
As relações dialógicas que envolvem essas personagem norteiam-se pelo princípio preconizado por Mikhail Bakhtin, em Marxismo e filosofia da linguagem, englobando noções de FD pensadas por Michel Foucault, bem como a delimitação dos traços de Macabéa e Glória feita de acordo com a teoria sobre personagem-signo desenvolvida por Phillipe Hamon em “Por um estatuto semiológico da personagem”, capítulo da coletânea de textos da obra Categorias da narrativa, do mesmo autor et alii. De acordo com Hamon, a personagem é definida pelo seu significante e pelo seu significado, ou seja, pelo o que ela é e pelo o que ela faz Para tanto apresentamos quadro dos traços pertinentes das personagens e dos traços que as diferenciam, identificando-as como representantes das vozes dos espaços a que pertencem. |
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RESULTADOS:
A análise nos fornece dados para comprovar como a ficção trabalha aspectos do mundo real, e especificamente nesta obra, as diferenças entre pessoas pertencentes a espaços considerados privilegiados na nossa nação, como o Rio de Janeiro, e espaços considerados desprivilegiados como o sertão nordestino. Tais diferenças respondem pelas condições de vida dessas pessoas, como também implicam diretamente em seus comportamentos, anseios e expectativas. |
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CONCLUSÕES:
Concluímos que a sertaneja Macabéa e a carioca Glória têm diferentes perspectivas e diferentes fins por conta dos seus espaços de origem, respectivamente, sertão e mar. |
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Palavras-chave: Macabéa; Glória; Nordeste. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |