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C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal | ||
AVALIAÇÃO DE SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA EM SEMENTES DE Cochlosperrmum regium (Mart. Ex. Schrank.) Pilger. | ||
Roxana Stefane Mendes Nascimento 1 (rostmna@yahoo.com.br), Perla Silva Matos 1, Leonara Alcântara Pimentel 1, Érica Pereira Fernandes 1, Paulo Henrique Santos Silva 1, Reginaldo Conceição Cerqueira 1 e Alessandra Terezinha Chaves Cotrim Reis 1 | ||
(1. Depto. de Ciências Humanas, Universidade do Estado da Bahia - Campus IX, UNEB) | ||
INTRODUÇÃO:
A família Cochlospermaceae consta de dois gêneros e cerca de 38 espécies americanas. No Brasil ocorre o gênero Cochlospermum com aproximadamente quatro espécies; dentre elas, no bioma cerrado, encontra-se a espécie Cochlospermum regium (algodoeira), a qual caracteriza-se por ser um arbusto, com folhas alternas, simples, flores grandes e vistosas de coloração amarela; fruto seco, com sementes ricas em longos pêlos brancos, com maturação entre os meses de julho e setembro. Contudo, nas últimas décadas, a perda contínua de habitats naturais e a ocupação acelerada do bioma cerrado, vêm contribuindo com a supressão da vegetação em diferentes fisionomias, na maioria das vezes atentando contra as legislações ambientais vigentes. A identificação e caracterização anatômica, morfológica, fisiológica e econômica das espécies, são fundamentais para apoiar projetos de recomposição de áreas degradadas, pois, algumas espécies nativas, apresentam mecanismos de dormência, onde sementes viáveis em condições ambientais ótimas, deixam de germinar. Desta forma, com o objetivo de contribuir com o conhecimento da fisiologia de sementes desta espécie e indicar o melhor método de superação de dormência foi montado um experimento no Viveiro de Pesquisa e Produção de Mudas Nativas do Bioma Cerrado – UNEB / Campus IX – Barreiras – BA. |
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METODOLOGIA:
A fim de determinar a superação de dormência exógena da semente Cochlospermum regium foi montado experimento no Viveiro de Pesquisa da UNEB/Campus IX. Para tanto, foram utilizadas 300 sementes, as quais foram submetidas a 04 tratamentos e mais a testemunha T1: Escarificação Mecânica (desponte e imersão em água por 48h); T2: Escarificação Mecânica (desponte e imersão em água por 24h); T3: Escarificação Química (imersão em ácido sulfúrico - H2SO4 50%, por 1 minuto); T4: Escarificação Física (choque térmico, 90ºC por 1 minuto) e a T5: Testemunha, cada unidade experimental constituída por 30 sementes, com 2 repetições para cada tratamento. Após submetidas aos respectivos tratamentos, as sementes foram plantadas em bandejas contendo como substrato areia lavada. A germinação das sementes foram acompanhadas durante 60 dias, nos quais o substrato de plantio foi mantido em capacidade máxima de retenção de água. Ao fim desse período, foi avaliado o número de sementes germinadas nos diferentes tratamentos utilizados e observado o percentual de germinação para cada tratamento. |
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RESULTADOS:
Durante o período de acompanhamento do experimento, observou-se que os tratamentos com desponte e imersão em água por 24h e imersão em ácido sulfúrico por um minuto apresentaram as maiores taxas de germinação, 78,33% e 70% respectivamente. Já os tratamentos com desponte e imersão em água por 48h e com choque térmico apresentaram as menores taxas de germinação com 28,33% e 18,33% respectivamente. Enquanto que a testemunha se comportou com uma média de 56,66%, de taxa de germinação. Portanto o tratamento com desponte mais imersão em água por 24 horas mostrou-se 21,67% mais eficiente na superação de dormência desta espécie, quando comparada com a testemunha. Com base nesses resultados observa-se a necessidade de minimizar a consistência do tegumento da semente desta espécie, através da escarificação para permitir a semente melhor absorção de água favorecendo o processo de germinação. |
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CONCLUSÕES:
Conforme este trabalho foi conduzido, pode-se concluir que a Cochlospermum regium (algodoeira), pode ser propagada por semente, sendo mais viável economicamente quando estas são submetidas ao desponte mais imersão em água por 24 horas. Mesmo assim, deve-se utilizar duas sementes por recipiente, a fim de garantir pelo menos uma planta por recipiente. |
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Instituição de fomento: CRA - BASE CERRADO, RDM e FAPESB | ||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Cerrado; Fenologia; Dormência. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |