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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências | ||
UTILIZAÇÃO DE AULAS EXPERIMENTAIS COMO SUPORTE PARA CONSTRUÇÃO DE CONCEITOS QUÍMICOS | ||
Afonso Feitosa Reis Filho 1, 3 (afonsoreis@ibest.com.br), João rufino de Freitas Filho 1, 2 e Maria do socorro Lopes Pina 1 | ||
(1. Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano - CEEGP; 2. Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul - FAMASUL; 3. Colégio Municipal José Firmino da Veiga - CMJFV) | ||
INTRODUÇÃO:
Apesar de nas últimas décadas a pesquisa em ensino de Química ter crescido consideravelmente, gerando importantes contribuições para a melhoria do trabalho docente, em muitas escolas, o ensino de Química ainda se reduz a transmissão e reprodução de informações, definições de leis isoladas presentes nos livros didáticos, sem qualquer relação com o cotidiano do aluno, exigindo do mesmo, a memorização, de fórmulas, definições, classificações, nomenclatura etc, o que não representam aprendizagens significativas(1). Acredita-se que o ensino de Química possa contribuir para uma visão mais ampla do conhecimento, de modo a possibilitar uma melhor compreensão do mundo físico e para construção da cidadania, colocando em pauta, na sala de aula, conhecimentos socialmente relevantes, que façam sentido e possam se integrar à vida do aluno. Assim, este trabalho teve como objetivo transformar aulas experimentais como suporte para a construção de conceitos químicos. |
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METODOLOGIA:
A pesquisa foi realizada pelos professores de Química do Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano, Recife/PE e atuaram como sujeitos 640 estudantes da 1a e 2a séries do ensino médio. Foram realizados 04 encontros entre os professores de Química do centro, para planejamento das atividades experimentais a serem desenvolvidas. As aulas experimentais foram desenvolvidas em dois momentos distintos. No primeiro momento os professores usaram experimentos com materiais e reagentes convencionais de um laboratório de química tradicional; no segundo momento foi utilizado nos experimentos propostos materiais e reagentes encontrados em supermercado e de conhecimentos dos alunos. Cada experimento foi realizado em grupos de cinco estudantes. |
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RESULTADOS:
Na realização dos experimentos com materiais e reagentes comuns, as aulas experimentais foram desenvolvidas, em condições semelhantes àquelas realizadas nos laboratórios de Química convencionais e mediantes procedimentos como se fossem receita de bolo. Nestas aulas foram executados experimentos como: determinação de densidade, ponto de fusão, destilação, métodos de separação de misturas, eletrólise etc. Os relatórios apresentados muitas vezes eram incompletos, inconsistentes e sem nenhuma perspectiva de conceitos construídos. Já os experimentos desenvolvidos no segundo momento tiveram a participação direta do estudante (este sai da condição de mero telespectador). Nestes experimentos foram utilizados materiais e reagentes encontrados em supermercado local e os procedimentos foram elaborados coletivamente entre professor - estudante. Trabalhou-se, ainda no segundo momento experiências tais como: sublimação, identificação de propriedades específicas de substâncias, identificação do caráter ácido ou básico de substâncias comuns do cotidiano, extração de indicadores: extrato de repolho roxo, fenolftaleína do comprimido de lacto-purga, entre outros. Os alunos foram avaliados através de relatórios semi-estruturados. Verificou-se uma grande motivação e aproveitamento dos alunos no desenvolvimento de cada experimento proposto do segundo módulo, os quais foram confirmados através dos mapas de conceitos construídos. |
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CONCLUSÕES:
Acreditamos que este tipo de atividade contribui para a qualidade do ensino de Ciências, desde que os professores desenvolvam, apliquem e retomem os conceitos construídos em sala de aula convencional. Enfatizamos a importância da produção de novos materiais didáticos, e a interação dos conhecimentos abordados com a vida social do aluno. Acreditamos, ainda que cada experimento contribuiu para construção de conceitos tais como: densidade, solubilidade, ponto de ebulição, ponto de fusão, acidez, basicidade, indicador, magnetização, substâncias, misturas, combinação. |
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Palavras-chave: Construção de conceitos; experimentos; materiais alternativos. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |