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E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia | ||
DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DO MEIO MS E DE AIB NO ENRAIZAMENTO DE EXPLANTES DE MINIROSA IN VITRO | ||
Alexandre Bosco de Oliveira 1 (ale_ufc@yahoo.com.br), Josefa Diva Nogueira Diniz 1, Jaqueline Leite Almeida 1 e Israel Lopes de Andrade 1 | ||
(1. Depto. de Fitotecnia, Universidade Federal do Ceará - UFC) | ||
INTRODUÇÃO:
O cultivo de plantas ornamentais tem se intensificado nos últimos anos, não só pela conscientização da sociedade quanto a necessidade de preservação do meio ambiente, como pela valorização do paisagismo e, principalmente, pelo que vem representando no agronegócio brasileiro. Esta atividade apresenta alta rentabilidade por área cultivada, com um retorno mais rápido dos investimentos aplicados devido ao ciclo curto da maioria das espécies, dentre as quais podemos citar as minirosas (Rosa chinensis sp.). Com altura média de 20 a 40 centímetros, apresentam flores vermelhas, róseas, brancas ou amarelas, formadas quase o ano todo, principalmente na primavera e início do verão (Lorenzi e Souza, 1999). Todavia para que o Brasil torne-se um grande produtor, é necessário que sejam adotadas modernas técnicas de multiplicação, como a micropropagação, que possibilita a produção rápida e em grande escala de material com o padrão de qualidade exigido. Sabendo-se que as respostas morfogenéticas dos tecidos cultivados in vitro estão associadas geralmente às auxinas e citocininas presentes no meio de cultura (Skoog e Miller, 1957), o objetivo deste estudo foi verificar o efeito de diferentes concentrações de ácido indolbutírico (AIB) combinadas com diferentes proporções do meio MS (Murashige e Skoog, 1962) no enraizamento de explantes de minirosa. |
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METODOLOGIA:
O experimento foi realizado no Laboratório de Cultura de Tecidos de Plantas da Universidade Federal do Ceará. Os explantes de minirosa foram excisados de plantas já estabelecidas in vitro, com aproximadamente três centímetros de tamanho, removendo-se os dois pares de folhas mais próximos da base. A seguir foram inoculados em tubo de ensaio, um explante por tubo, contendo 10 mL de meio MS nas proporções de 25%, 50%, 75% e 100%, em todas as combinações possíveis com as concentrações de 0,0; 0,1 e 1,0 mg.L-1 de AIB. O meio suplementado com 3% de sacarose, teve o pH ajustado para 5,7, foi solidificado com 5,6 g.L-1 de ágar e autoclavado durante 17 minutos à temperatura de 121ºC e pressão de 1,1 Kgf/cm2. A inoculação foi feita em condições assépticas em câmara de fluxo laminar e depois o material foi mantido em sala de crescimento, com temperatura média de 26ºC, fotoperíodo de 16 horas e intensidade luminosa em torno de 2000 lux. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em disposição fatorial 3 x 4, num total de 12 tratamentos, representados por três concentrações de AIB e diferentes proporções do meio MS com 30 explantes por tratamento. As avaliações do número de explantes com raízes, número de raízes por explante, tamanho médio da maior raiz e altura média das plantas foram feitas após 60 dias e as médias comparadas pelo teste de Tukey. |
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RESULTADOS:
Aos 60 dias, 85% dos explantes de minirosa apresentavam raízes. No meio MS com 75 e 100% da concentração dos sais, na ausência de AIB, houve 100% de enraizamento. O menor número de explantes enraizados foi observado no meio com 25% da concentração dos sais, com ou sem AIB. O número médio de raízes por explante aumentou proporcionalmente à concentração de AIB e dos sais do meio MS (até 75%), observando-se maiores números no tratamento com 1,0 mg.L-1 de AIB e 75% dos sais. Apesar das suplementações de AIB terem induzido o enraizamento, as raízes eram duras, curtas, mal formadas e quebradiças, o que normalmente dificulta o processo de aclimatização. Embora com menor número médio de raízes, nos tratamentos com 75 e 100% do meio MS, sem AIB, estas eram mais desenvolvidas e com aspecto normal. Quanto a altura média das plantas, maiores concentrações dos sais do meio MS e de AIB favoreceram o crescimento, verificando-se maior altura média no tratamento com 100% dos sais e 1,0 mg.L-1 de AIB (6,04 cm). Mesmo apresentando menor altura e menor número de raízes, no tratamento com 100% dos sais, sem AIB, as plantas eram bem verdes e com raízes normais, mostrando ser este o tratamento mais adequado para a obtenção de plantas com melhores condições de serem aclimatizadas. |
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CONCLUSÕES:
Para o enraizamento de explantes de minirosa, o meio MS com 100% dos sais, sem acréscimo de AIB, favorece o desenvolvimento de plantas com raízes normais. O AIB, mesmo em pequenas concentrações, induz a formação de raízes curtas e de má qualidade. |
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Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Rosa chinensis; micropropagação; regulador de crescimento. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |