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| F. Ciências Sociais Aplicadas - 12. Serviço Social - 4. Serviço Social da Habitação | ||
| A MORADIA PRECÁRIA COMO REFLEXO DA SEGREGAÇÃO SÓCIO-ESPACIAL EM SÃO LUÍS DO MARANHÃO | ||
| Celcina Gomes Cardoso 1 (celcinacardoso@ig.com.br), Edivana Valéria Rosa Siqueira 1, Liana Zaynette Torres de Oliveira 1 e Nonata Santana 1 | ||
| (1. Departamento de Serviço Social - UFMA) | ||
| INTRODUÇÃO:
Este trabalho resulta da disciplina eletiva de Serviço Social no campo da habitação, onde se realizou uma pesquisa sobre os tipos de moradias precárias e a segregação sócio-espacial em São Luís - MA, levando em consideração que hoje não existe espaço habitado em uma sociedade desigual que não seja hierarquizada. Esta pesquisa visa demonstrar os tipos de moradias precárias como uma alternativa do déficit habitacional e da desigualdade social existente em todo o nosso país, identificando a segregação sócio-espacial nesse processo e analisando as estruturas físicas dessas moradias precárias. |
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| METODOLOGIA:
Levantamento das concepções sobre moradia, segregação sócio-espacial, déficit habitacional fazendo relação com as estruturas habitacionais encontradas durante a realização das pesquisas na realidade, através de uma análise de dados secundários com o auxílio de um ensaio fotográfico para caracterizar os tipos existentes de moradias precárias. |
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| RESULTADOS:
O déficit habitacional existente em nosso país é o grande responsável pela segregação sócio-espacial e as formas precárias de moradia, onde entende-se por segregação sócio-espacial o movimento de separação das classes sociais num determinado espaço urbano, no qual o fator determinante para tal segregação é o preço da propriedade, dessa forma as classes menos favorecidas ficam fora do mercado imobiliário, por não disponibilizarem de recursos financeiros. Assim, essas classes por não terem o auxílio do Estado em Programas ou Projetos habitacionais, buscam algumas alternativas para morar. Como uma forma de representação dessa realidade, destaca-se o caso de São Luís - MA, onde as classes empobrecidas se agrupam em várias modalidades de moradia. Destacam-se: as ocupações territoriais, mais conhecidas como “invasões”, esta é a maior representação dentro da cidade como forma dessa alternativa, têm-se ainda, as modalidades dos cortiços e das palafitas como formas de moradia extremamente precarizadas, sem qualquer disponibilidade de equipamentos e serviços básicos que constituem o conceito de habitação, o que ocasiona a fragilidade da saúde dessas pessoas. Observa-se também como expressão das classes trabalhadoras as modalidades de moradia que são os conjuntos habitacionais e os prédios reformados do Estado, onde estes possuem estrutura, equipamentos e serviços mais acessíveis em comparação as três modalidades citadas anteriormente, mas não perdendo de vista que ainda assim constituem-se como uma forma precária de moradia, pois não disponibiliza o espaço físico necessário para a adequada morada de uma família. |
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| CONCLUSÕES:
Conclui-se que a segregação sócio-espacial é uma das formas de expressão da Questão Social e também é decorrente da ausência de Políticas Públicas que visam enfrentar o déficit habitacional em São Luís. |
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| Palavras-chave: Moradia; Déficit habitacional; Segregação sócio-espacial. | ||
| Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |