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C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 2. Microbiologia Aplicada
IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE CEPAS DE Klebsiella pneumoniae PRODUTORAS DE ESBL ISOLADAS NA CIDADE DE FORTALEZA.
Danielle Ferreira de Oliveira 1, Lívia Érika Carlos Marques 1, Maria Isabel Florindo Guedes 1, Francisco Afranio Cunha 1, 2 e Everardo Albuquerque Menezes 2
(1. Lanboratório de Bioquímica Humana do Deparmento de Nutrição daUniversidade Estadual. do Ceará - UECE; 2. Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal d)
INTRODUÇÃO:
A Klebsiella pneumoniae é um patógeno importante, que pode ser implicado em uma série de surtos de infecções nosocomiais na última década. Betalactamases de espectro expandido (ESBLs) são enzimas produzidas por bactérias que conferem resistência as penicilinas, cefalosporinas e monobactâmicos. Entre as bactérias capazes de produzir ESBLs a Klebsiella pneumoniae é um dos mais importantes. A prevalência para ESBL permanece desconhcida para muitos hospitais brasileiros. Com o objetivo de identificar e caracterizar cepas de Klebsiella produtoras de ESBLs foi realizado este estudo. As cepas foram provenientes de isolados clínicos oriundos do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). O HGF é um hospital terciário que atende os pacientes do Ceará e de outros Estados
METODOLOGIA:
As cepas de enterobactérias foram semeadas em meio Citrato-inositol (CI) a 1%, meio utilizado para diferenciar as cepas de Klebsiella de outras enterobactérias, as cepas que cresceram no meio CI, foram identificadas através de provas bioquímicas clássicas. Vinte e quatro cepas apresentaram fenótipo característico de Klebsiella pneumoniae. A confirmação da produção de ESBL foi realizada em meio Mueller Hinton Ágar utilizando discos com as seguintes substâncias: cefoxitima, ceftriaxona, aztreonam, cefepima, amoxacilina + ácido clavulânico, ampicilina + sulbactam. Das 24 cepas foram selecionadas 3 cepas para testar sua resistência ao meropenem uma droga carbapenema, como controle foi utilizada a cepa de Klebsiella pneumoniae sabidamente sensível às cefalosporinas de 3° geração.
RESULTADOS:
No antibiograma as cepas 7K, 16K e 18K se mostraram resistentes aos antibióticos testados. As carbapenemas figuram como a única alternativa terapêutica para essa s cepas, a droga derivada das carbapenemas escolhida para os testes foi o meropenem,. A concentração testada variou de 0,03 a 8 µg/mL. A cepa 7K apresentou Concentração Inibitória Mínima (MIC) igual a 0,06 µg/mL. A cepa 16 K não apresentou sensibilidade a nenhuma concentração testada, enquanto a cepa 18K apresentou MIC igual a 1µg/mL Detectar cepas produtoras de β-lactamses pode ser decisivo no tratamento terapêutico dos pacientes.
CONCLUSÕES:
Cepas produtoras de ESBLs são um problema clínico relevante e no caso específico da cepa 16K, e podem não se dispor de opções terapêuticas disponíveis. Desenvolver estratégias de detecção dessas enzimas pode ser um passo fundamental para o controle de bactérias ESBLs.
Palavras-chave:  Klebsiella pneumoniae; ESBLs; resistencia bacteriana.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005