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E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
EFEITO DE CONCENTRAÇÕES DE ÁCIDO INDOLBUTÍRICO NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE ROSEIRAS Rosa sp DAS VARIEDADES CAROLA E SALMONE
Jacinta Queiroz Silveira 1 (jq.silveira@hotmail.com), Joaquim Amaro Filho 1, Julio Cantillo Simanca 2, Geruza Medeiros de Sales 1 e Jaedson Cláudio Anunciato Mota 1
(1. Departamento de Ciências Ambientais, Escola Superior de Agricultura de Mossoró - ESAM; 2. CeaRosa Comércio Exportação Importação e Produção de Flores Ltda.)
INTRODUÇÃO:
O Brasil é reconhecido pela sua biodiversidade riquíssima, seja na fauna ou na flora. Com condições climáticas favoráveis em determinadas regiões, o Nordeste do Brasil desponta com a possibilidade de tornar-se um grande produtor de flores, capaz de não somente abastecer o mercado interno como também exportar flores para diversos mercados internacionais. Em função da floricultura no Brasil ter sido durante muito tempo desenvolvida paralelamente a outros setores agrícolas, e muitas vezes ser considerada como “produção de material supérfluo”, a pesquisa agronômica no setor ainda deixa muito a desejar. É notória a dificuldade de se encontrar bom material bibliográfico para consultas e estudos, que possam atender as necessidades dos técnicos, produtores e possíveis produtores, já que a cultura está se desenvolvendo a cada dia nos mais distintos locais do território nacional. Posto isto, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a melhor concentração do hormônio enraizador ácido indolbutírico (AIB) para o enraizamento de estacas de roseiras das variedades Carola e Salmone.
METODOLOGIA:
O ensaio foi conduzido na Unidade Produtora de Rosas – CeaRosa, no município de São Benedito, na serra da Ibiapaba, noroste do Estado do Ceará. Foi instalado considerando o delineamento experimental inteiramente causalisado, em esquema fatorial 2 x 4 (duas variedades - Carola e Salmone - e quatro concentrações de ácido indolbutírico – 0, 1960, 2450 e 2940 ppm) com 4 repetições e 24 estacas por parcela, perfazendo um total de 384 estacas/variedade. O material vegetal usado proveio de plantas cultivadas em sistema hidropônico, cujas estacas foram cortadas em tamanhos de 10 cm, com 2 gemas e 1 folha. Após a imersão nas distintas concentrações de AIB, as estacas foram colocadas para enraizar em bandejas plásticas contendo substrato de fibra de coco. As bandejas foram colocadas em túnel coberto com plástico transparente, com umidade relativa entre 80-100% e temperatura variando de 20-35 °C, localizado dentro de estufa com cobertura de plástico leitoso e sombrite a 50%. Decorridos 30 dias foram coletados dados relativos ao comprimento e matérias fresca e seca do sistema radicular. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e as médias contrastadas por Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS:
Quanto ao comprimento de raiz a análise de variância mostrou efeito significativo a 1% de probabilidade para as variedades e para concentrações de AIB sem, contudo, haver interação significativa para a interação de ambos os fatores. Quanto às matérias fresca e seca do sistema radicular, observou-se efeito significativo para variedades, concentrações de AIB e para a interação entre os fatores, todos significativos a 1% em ambas as variáveis.
CONCLUSÕES:
A variedade Carola apresentou média de enraizamento superior à cultivar Salmone. Ambas as cultivares responderam positivamente ao ácido indolbutírico, apresentando médias estatisticamente semelhantes para as concentrações de 1960, 2450 e 2940 ppm. Por questões econômicas, o produtor deve optar pela concentração de 1960 ppm para a indução de enraizamento das duas variedades estudadas.
Palavras-chave:  ácido indolbutírico; floricultura; Rosa sp..
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005