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E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
EFEITO DO TEMPO DE IMERSÃO EM ÁCIDO INDOLBUTÍRICO NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE ROSEIRAS Rosa sp DAS VARIEDADES CAROLA E SALMONE
Cibelle Cassandra Cunha Martins 1, Joaquim Amaro Filho 1, Julio Cantillo Simanca 2, Francisca Joseanny Maia e Oliveira 1 e Jaedson Cláudio Anunciato Mota 1
(1. Departamento de Ciências Ambientais, Escola Superior de Agricultura de Mossoró - ESAM; 2. CeaRosa Comércio Exportação Importação e Produção de Flores Ltda.)
INTRODUÇÃO:
O Brasil é reconhecido mundialmente pela sua biodiversidade riquíssima, tanto na fauna quanto na flora. Com condições climáticas favoráveis em determinadas regiões, o Nordeste do Brasil desponta com a possibilidade de tornar-se um grande produtor de flores, capaz de não somente abastecer o mercado interno como também exportar flores para diversos mercados internacionais. Em função da floricultura no Brasil ter sido durante muito tempo desenvolvida paralelamente a outros setores agrícolas, e muitas vezes ser considerada como “produção de material supérfluo”, a pesquisa agronômica no setor ainda deixa muito a desejar. É notória a dificuldade de se encontrar bom material bibliográfico para consultas e estudos, que possam atender as necessidades dos técnicos, produtores e possíveis produtores, já que a cultura está se desenvolvendo a cada dia nos mais distintos locais do território nacional. Posto isto, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o melhor tempo de imersão, para o enraizamento de estacas de roseiras das variedades Carola e Salmone, no hormônio enraizador ácido indolbutírico (AIB) na concentração de 2450 ppm.
METODOLOGIA:
O ensaio foi conduzido na Unidade Produtora de Rosas – CeaRosa, no município de São Benedito, na serra da Ibiapaba, noroste do Estado do Ceará. Foi instalado considerando o delineamento experimental inteiramente causalisado, em esquema fatorial 2 x 6 (duas variedades - Carola e Salmone - e seis tempos de imersão em ácido indolbutírico 2450 ppm - 1 segundo, 5 minutos, 10 minutos, 15 minutos, 20 minutos e 25 minutos) com 4 repetições e 24 estacas por parcela, perfazendo um total de 576 estacas/variedade. O material vegetal usado proveio de plantas cultivadas em sistema hidropônico, cujas estacas foram cortadas em tamanhos de 10 cm, com 2 gemas e 1 folha. Após a imersão no ácido indolbutírico, nos tempos correspondentes aos respectivos tratamentos, as estacas foram colocadas para enraizar em bandejas plásticas contendo substrato de fibra de coco. As bandejas foram colocadas em túnel coberto com plástico transparente, com umidade relativa entre 80-100% e temperatura variando de 20-35 °C, localizado dentro de estufa com cobertura de plástico leitoso e sombrite a 50%. Decorridos 34 dias foram coletados dados relativos ao comprimento e matérias fresca e seca do sistema radicular. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e as médias contrastadas por Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS:
Quanto ao comprimento de raiz a análise de variância mostrou efeito significativo a 1% de probabilidade apenas para as variedades. O fator tempo de imersão e a interação entre os fatores variedades e tempo de imersão não apresentaram resultados significativos do ponto de vista estatístico. Quanto às matérias fresca e seca do sistema radicular, observou-se efeito significativo a 1% de probabilidade para variedades e tempo de imersão. A interação entre variedades e tempo de imersão, em ambas as variáveis estudadas, foi significativa a 5% de probabilidade.
CONCLUSÕES:
O melhor enraizamento nas variedades Carola e Salmone foi obtido, respectivamente, com 5 e 25 minutos de imersão em ácido indolbutírico 2450 ppm.
Palavras-chave:  ácido indolbutírico; floricultura; Rosa sp..
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005