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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública | ||
O DESPERTAR DA CIÊNCIA: UMA VISÃO PRÁTICA DE PARASITOLOGIA | ||
Maria Margarida Rodrigues 1 (airam@int.efoa.br), Adir Araújo 1, Ariadne Mendes da Silva 2, Fábia Aparecida Rabelo Fonseca 2 e Daisy Machado 2 | ||
(1. Depto. de Ciências Biológicas - Efoa/Ceufe; 2. Acadêmico do curso de Ciências Biológicas) | ||
INTRODUÇÃO:
Apesar dos progressos alcançados pela medicina em relação ao diagnóstico e tratamento, as infecções parasitárias intestinais continuam endêmicas e devem merecer atenção especial nos países em desenvolvimento, onde a prevalência geralmente é alta e seu efeito é deletério, e um dos instrumentos mais eficientes das ações profiláticas é a educação visando a saúde. A saúde escolar como parte da saúde pública para ser efetiva deve contar com a vontade pública, infra-estrutura social e profissionais capacitados. Este princípio é necessário para formação de um jovem, com consciência crítica e comportamentos que lhe possibilitem ser um cidadão com uma vida saudável. O projeto “O Despertar da Ciência: uma visão prática de parasitologia”, vem proporcionar um espaço específico para educação em saúde, permitindo que os adolescentes se conscientizem da importância da promoção e prevenção das doenças. Este espaço é proporcionado aos alunos da 7ª série do Ensino Fundamental da Escola Municipal Joaquim Antônio Vieira, através de aulas teóricas e práticas, reforçando o conteúdo programático da disciplina de Ciências, oferecendo maiores subsídios aos estudantes, uma vez que as escolas do 1° grau não tem suporte para aulas práticas, tendo como objetivos: ampliar o conhecimento sobre os parasitos que acometem o homem. Incentivar os alunos a repassar os conhecimentos adquiridos com o projeto, para sua família e a comunidade, tornando-os agentes multiplicadores. Proporcionar um espaço para aulas práticas de ciências da saúde. |
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METODOLOGIA:
Foram ministradas aulas teóricas e práticas sobre: Helmintos: Schistosoma mansoni, Taenia solium e Taenia saginata, Ascaris lumbricoides, Enterobius vermiculares, Trichuris trichiura, Wuchereria bancrofti. Protozoários: Trypanosoma cruzi, Leishmania sp., Trichomona vaginalis, Giardia lamblia, Entamoeba sp., Toxoplasma gondii, Plasmodium sp. Artrópodes: piolho, chato, sarna e outros vetores transmissores de doenças. Nas aulas teóricas, utilizou-se cartazes, slides, transparências, filmes, xerox distribuídos aos alunos com resumos e atividades complementares. Nas aulas práticas utilizamos materiais do Laboratório de Parasitologia Básica (Efoa/Ceufe) como lupa, microscópio, lâminas preparadas, vidros com formol contendo vermes adultos e vetores. Este trabalho foi destinado aos alunos da sétima série do Ensino Fundamental, sobre os quais foi aplicado um questionário sobre o conhecimento prévio sobre prevenção de doenças e educação sanitária, e outro aplicado ao término do projeto com o intuito de medir o aproveitamento, com questões que aproximam a parasitologia do cotidiano dos alunos e da escola. |
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RESULTADOS:
Como recurso de ensino para avaliação de resultados foram aplicados questionários aos 180 alunos. O primeiro foi aplicado no início do projeto, onde observou-se que o nível de conhecimento sobre parasitoses era deficiente, com 35% de acertos. No final do projeto aplicou-se um segundo questionário e notou-se que os alunos tiveram um bom aproveitamento, principalmente no que diz respeito a transmissão e profilaxia desses parasitas, tendo como média 87% de acertos, evidenciando um grande rendimento. |
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CONCLUSÕES:
Foi possível evidenciar que existem formas alternativas de ensinar ciências na escola, além das aulas puramente expositivas. Espera-se que os alunos tenham adquirido maior interesse em cuidar da sua própria saúde e transmitir os conhecimentos assimilados, envolvendo desta forma, um maior número de pessoas na luta por melhores condições de saúde em nosso país. |
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Palavras-chave: Eduacação; Saúde; Prevenção. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |