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| F. Ciências Sociais Aplicadas - 2. Economia - 5. Economia Internacional | ||
| ALGAS MARINHAS: UM POTENCIAL MERCADO EXPORTADOR DO RIO GRANDE DO NORTE | ||
| Maria Luísa de Oliveira Pontes 1 (marialuisapontes@yahoo.com.br), Lúcia de Fátima Lúcio Gomes da Costa 1 e Gerda Lúcia Pinheiro Camelo 1 | ||
| (1. Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte - CEFET-RN) | ||
| INTRODUÇÃO:
Tendo em vista que o litoral norte-riograndense apresenta condições naturais e socioeconômicas favoráveis à exploração de algas marinhas, e é responsável pela maior parte da extração, vislumbrou-se a oportunidade de agregar valor a esse produto. O beneficiamento de algas marinhas resulta no Agar e na Carragena, hidrocoloídes extraídos de algas marinhas utilizados como agente de suspensão gelificante espessante e estabilizante, usados na indústria farmacêutica e alimentícia, sendo altamente incorporado no mercado interno e externo. Dessa forma, a demanda crescente por esses produtos no mundo inteiro, os torna economicamente viáveis, tendo o Estado um grande potencial produtivo. Com o propósito de fazer um estudo prospectivo desse mercado, tomou-se, como objeto de estudo, a única empresa no nordeste que beneficia e comercializa o Agar e a Carragena. Observou-se ainda que, no âmbito nacional, existem poucas empresas atuando na área, impossibilitando a oferta esperada pelo mercado brasileiro e internacional. |
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| METODOLOGIA:
Os processos metodológicos utilizados nesse estudo foram provenientes de pesquisa descritiva e exploratória. A pesquisa exploratória foi realizada por meio de levantamento bibliográfico, entrevistas com profissionais que atuam na área e visitas à Empresa, nosso objeto de estudo, localizada na cidade de João Pessoa-PB. Ao que diz respeito à pesquisa descritiva, buscou-se fazer a análise dos dados coletados e observados na investigação em campo. Tendo como universo da pesquisa o mercado de algas marinhas, e por amostra uma empresa beneficiadora de algas, exportadora de Agar e Carragena - a única atuante no Nordeste. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se entrevista por meio de questionário semi-estruturado. Inicialmente, o grupo pesquisador realizou um levantamento bibliográfico, para obter informações atualizadas sobre o assunto. Em seguida, procedeu-se a uma análise sobre demanda, oferta e concorrência em uma empresa do segmento, após a visita técnica ocorrida no dia 04 de junho de 2004. |
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| RESULTADOS:
O Brasil tem como principais concorrentes o Chile, Filipinas, França e Espanha, os quais possuem vantagens competitivas naturais, pois possuem um rendimento da matéria-prima maior, chegando até 28%. Enquanto que as algas exploradas no litoral nordestino apresentam 10% de aproveitamento. Apesar dessa desvantagem, essa atividade é considerada promissora e lucrativa, haja vista o aumento da demanda e os bons preços praticados no mercado. A produção é escoada para o mercado internacional através de importadores como o Japão (10%, que também importa a alga in natura, para consumo alimentício), Argentina (10%), Uruguai (10%) Bolívia (10%) e vendida internamente a grandes empresas nacionais e transnacionais como, por exemplo: Sadia, Arisco e Cica.. É relevante mencionar que o produto existe em abundância no litoral do estado, embora esteja sendo sub-utilizado, já que essa prática depende de incentivos à mão-de-obra costeira, a qual considera mais rentável a pesca marítima e o turismo. |
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| CONCLUSÕES:
A investigação científica identifica um mercado promissor e pioneiro no Rio Grande do Norte, tendo em vista as potencialidades inatas para esse segmento. Acredita-se que o beneficiamento de algas marinhas oportuniza o crescimento da variedade de exportações do Estado, tornando-o mais competitivo no mercado internacional, além de possibilitar a geração de emprego e renda para as comunidades litorâneas. |
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| Palavras-chave: Algas Marinhas; Exportação; Rio Grande do Norte. | ||
| Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |