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D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 6. Farmácia
ESTUDO FITOQUÍMICO DAS FOLHAS E CASCA DO CAULE DE Sysygium jambolanum
Thiago Aharon de Souza 1, Antonio Carlos Neves da Silva Júnior 1, Kamyla de Arruda Pedrosa 1, María Segunda Aurora Prado 1, José de Ribamar Santos Gonçalves 1, Antonio Benedito de Oliveira 1 e Diana Mendes Costa 1
(1. Depto. de Farmácia, Universidade Federal do Maranhão - UFMA)
INTRODUÇÃO:
O conhecimento histórico do uso de plantas medicinais nos mostra ao longo da história da humanidade que pela própria necessidade humana, as plantas foram os primeiros recursos terapêuticos utilizados. Sysygium jambolanum, Myrtaceae, é uma árvore originária da Índia, encontra-se aclimatada no Brasil conhecida popularmente como jambolão, azeitona, oliva, oliveira, entre outros nomes. Esta espécie é de grande porte com aproximadamente 15 metros de altura, copa ampla, galhos grossos quase horizontais, ramos finos, pêndulos quebradiços, folhas simples, opostas, lanceoladas. Inflorescência com flores numerosas, pequenas, creme, hermafroditas. Frutos ovóides, carnosos, negro-arroxeados, que possuem uma única semente. O jambolão é utilizado na terapêutica homeopática como tinturas e na alopática como adstringente, anti-hemorrágico, antidisentérico e ainda é utilizada como hipoglicemiante, antibacteriano e no controle do HIV. Dessa forma, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de caracterizar fitoquimicamente o extrato hidroetanólico das folhas e casca dos caules da espécie Sysygium jambolanum detectando as principais classes de metabólitos secundários presentes.
METODOLOGIA:
As folhas e casca dos caules frescos foram submetidas à maceração durante 15 dias em solução hidroetanólica a 70%, nas proporções de 1:6 e 1: 2,3 p/v, respectivamente. A presença dos constituintes fitoquímicos foi avaliada por meio de reações coradas, formação de espuma, precipitado e desenvolvimento de fluorescência no extrato preparado.
RESULTADOS:
Os resultados obtidos com o extrato hidroetanólico das folhas e casca dos caules de Sysygium jambolanum comprovaram a presença das seguintes classes de metabólitos secundários: (a) nas folhas: presença fortemente positiva de taninos hidrolisáveis, fenóis, saponinas e flavanonas e presença moderadamente positiva de flavononóis e esteróides; (b) na casca dos caules: presença fortemente positiva de antocianinas, antocianidinas, taninos hidrolisáveis, alcalóides e saponinas e presença moderadamente positiva de terpenos e flavanonas.
CONCLUSÕES:
Tais resultados confirmaram a existência de diferentes classes de metabólitos secundários na espécie Sysygium jambolanum que podem ser usados na produção de fitofármacos e como possíveis marcadores fitoquímicos. O uso da planta na medicina popular deve ser visto com muita cautela, pois, as saponinas que possuem propriedades hemolíticas, podem trazer conseqüências graves aos usuários da planta. Posteriores análises serão realizadas para isolar as saponinas e desenvolver estudos toxicológicos.
Palavras-chave:  Sysygium jambolanum; Metabólitos secundários; Folhas e casca do caule.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005