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G. Ciências Humanas - 6. Ciência Política - 4. Políticas Públicas
“CONFIGURAÇÕES DO ESPAÇO GEOGRÁFICO: POÇO DA DRAGA & DRAGÃO DO MAR – NO CONTEXTO DA POLÍTICA TURÍSTICA GOVERNAMENTAL CEARENSE A PARTIR DA DÉCADA DE 80”
Rosiane Pereira de Freitas 1 (anny-uece@bol.com.br) e Marcius Tulius Soares Falcão 2
(1. Estudante, Especialização em Políticas Públicas de Turismo, CEFETCE; 2. Coordenador e Prof., Especialização em Políticas Públicas de Turismo, CEFETCE)
INTRODUÇÃO:
Foi a partir da década de 80 que a estrutura pautada no paradigma de um Ceará industrializado desaba, se reconfigurando de forma acelerada em um novo paradigma pautado no processo de interiorização da indústria e no desenvolvimento do turismo. Desde então, as políticas turísticas passaram a se caracterizar pelos incentivos fiscais e pela construção da infra-estrutura necessária para a atração de empresários interessados em estabelecer no Estado suas atividades produtivas, através de projetos como o PRODETUR. A necessidade de realizar uma análise sobre o processo de modernização em curso no litoral cearense nasce da realidade vivenciada pelo Bairro Praia de Iracema, onde a política turística posta vem implicando em mudanças estruturais no espaço sem os devidos embates pelas comunidades envolvidas.
METODOLOGIA:
Através de um recorte temporal e espacial objetivamos realizar uma análise de como vem se dando a inserção da Comunidade do Poço da Draga e do Instituto Dragão do Mar no processo de modernização em curso. Segundo Milton Santos os elementos do espaço são: os homens, as firmas, as instituições, o chamado meio ecológico e as infra-estruturas. Na busca de resultados relevantes e fundado no real, nossos estudos serão balizados pelo estudo formal que levará em conta os aspectos quantitativos e qualitativos no que diz respeito a concentração geográfica das atividades e suas consequências sociais, econômicas, administrativas etc; às atividades de controle externo, recentes ou não, e suas consequências sociais, econômicas, administrativas etc; e ao papel do poder público nos seus diversos níveis, nessa evolução. Para tanto, nos baseamos na revisão bibliográfica, e na reflexão sobre o processo e o resultado da pesquisa.
RESULTADOS:
Ao contextualizarmos dos anos 80 aos dias atuais concluimos que de fato os justificadores emprego e renda de uma unidade estratégica em torno do turismo não tem se dado, pois as comunidades que tradicionalmente viveram nos territórios escolhidos para instalação de empreendimentos turísticos, em especial no litoral, geralmente não são beneficiadas. Observa-se também, que a ordem posta no PRODETUR parte do pressuposto que tal modelo de turismo implementado não será questionado, e caso este questionamento ocorra, a estrutura já foi montada, tornando-se complexo revertê-la.
CONCLUSÕES:
Concluímos apontando que os estudos mais recentes mostram que o desenvolvimento está condicionado por fatores não tradicionais, citando, entre eles: a qualidade da educação, a qualidade do serviço público, a existência de centros de pesquisa, segurança, ambiente cultural, serviços terciários e quaternários, fatores estes que são inexistentes ou deficientes no Poço da Draga.
Palavras-chave:  planejamento turístico; políticas públicas de turismo; turismo.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005