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C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 4. Farmacologia
COMPORTAMENTO SEXUAL HOMOTÍPICO E NEUROQUÍMICA ESTRIATAL DA PROLE MASCULINA DE RATAS TRATADAS PRÉ-NATALMENTE COM PICROTOXINA: EFEITOS DA EXPERIÊNCIA SEXUAL.
Elizabeth Teodorov 1 (eteodorov@ib.usp.br), Soraya Habr-Alencar 1, Luciano Freitas Felicio 2 e Maria Martha Bernardi 2
(1. Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo - USP; 2. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo - USP)
INTRODUÇÃO:
A atividade sexual dos animais compreende uma série de eventos fisiológicos que tem como finalidade a reprodução das espécies. A expressão comportamental desta atividade, o comportamento sexual, resulta de múltiplas interações entre sinais hormonais, neurais e ambientais, mediadas por uma ampla variedade de mensageiros químicos que atuam em diferentes níveis do sistema nervoso. Assim, esse trabalho pretende avaliar se a experiência sexual interfere no comportamento sexual homotípico e na neuroquímica da prole masculina de ratas tratadas pré-natalmente com picrotoxina.
METODOLOGIA:
Ratas foram tratadas com 0,75 mg/kg de picrotoxina (grupo experimental) ou solução salina (grupo controle) do 16° ao 19° dias de gestação. Na idade adulta, as proles masculinas de ambos os grupos foram submetidas à análise do comportamento sexual, formando-se dois grupos: sexualmente experientes ou inexperientes, e posteriormente esses animais foram pareados com ratos sexualmente ativos para as análises de comportamento homotípico. Os parâmetros avaliados foram: latências (s) para 1° monta e lordose, tempo total (s) para 10 montas, total de montas em 15 minutos e coeficiente de lordose. As dosagens neuroquímicas foram realizadas após os testes comportamentais, sendo os animais decapitados, retirados os estriados, homogeneizados em ácido perclórico 0,01M e avaliados posteriormente em HPLC.
RESULTADOS:
A experiência sexual prévia alterou o comportamento sexual homotípico da prole masculina tratada com picrotoxina, revelando aumento nas latências para 1º monta (380,10±32,19) e lordose (900,00±0,12) e não apresentando coeficiente de lordose. Em relação às dosagens neuroquímicas, observou-se aumento na atividade do sistema dopaminérgico (0,048±0,006) e diminuição de atividade do sistema serotonérgico (1,959±0,204) nos animais sexualmente inexperientes. Ainda, houve aumento nos níveis estriatais de GABA (1.692,65±344,99) em animais sexualmente experientes.
CONCLUSÕES:
Esses resultados em conjunto apontam para facilitação do comportamento heterotípico em detrimento do comportamento homotípico nos animais.
Instituição de fomento: FAPESP
Palavras-chave:  Comportamento sexual; Picrotoxina; Neuroquímica estriatal.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005