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F. Ciências Sociais Aplicadas - 12. Serviço Social - 1. Serviço Social Aplicado | ||
AS ATUAIS EXPRESSÕES DA POBREZA E SEUS IMPACTOS SOBRE SEGMENTOS POPULACIONAIS: MULHERES E JOVENS | ||
Lívia Pinto de Oliveira 1 (lipioli@bol.com.br), Sandra Magda Araújo de Almeida Xavier 2 e Bernadete de Lourdes Figueiredo de Almeida 3 | ||
(1. Graduanda em Serviço Social, Bolsista de Iniciação Científica/CNPq; 2. Bolsista Apoio Técnico/NS-CNPq, SEPACOPS/CCHLA/UFPB; 3. Orientadora, Profª/Pesquisadora do Deptº Serviço Social/SEPACOPS/CCHLA/UFPB) | ||
INTRODUÇÃO:
A Pobreza constitui-se em um fenômeno de múltiplas dimensões, apresentando traços associados ao desdobramento histórico do padrão de desenvolvimento da sociedade capitalista brasileira, marcada por fortes desigualdades sociais e por fatores conjunturais derivados das atuais transformações societárias que além de agudizar expressões estruturais, provocam a emersão de novas expressões da Pobreza. Tais transformações instauram uma dupla desproteção que se manifesta pela desregulamentação dos direitos trabalhistas (advindos do agravamento do desemprego e da precarização do trabalho) e dos direitos sociais (a desestatização das políticas e programas sociais), produzindo portanto, múltiplas expressões da pobreza que recai sobre segmentos da população como mulheres e jovens relegados à negação ou a inserções marginais no mundo do trabalho como forma de inclusão perversa. É dentro deste contexto que situa-se o objeto desta pesquisa visando analisar as novas expressões da pobreza em face as rupturas pós-modernas. |
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METODOLOGIA:
Constitui-se como uma pesquisa de campo realizada junto a 303 (trezentos e três) usuários dos atuais programas sociais atendidos em 11 (onze) instituições governamentais e não governamentais da cidade de João Pessoa/PB. Adota uma perspectiva quali-quantitativa por meio da recorrência a técnicas e instrumentos de apreensão e análise dos dados acerca de indicadores como acessibilidade a bens e serviços e grau de satisfação das necessidades básicas dos usuários através das políticas sociais, bem como a utilização de um recorte teórico-metodológico histórico-crítico. |
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RESULTADOS:
Dentre os usuários entrevistados destacam-se: 68,6% dos usuários do sexo feminino; 70% dos usuários integrantes da PEA (População Economicamente Ativa), ou seja, estão na faixa etária entre os 19 e 50 anos; apenas 32,3% trabalhando ativamente; 25,4% possuem vínculo empregatício fixo, e destes apenas 15,8% possuem carteira de trabalho assinada. A vulnerabilidade pessoal e social que atualmente atinge mulheres e jovens como conseqüência do alto índice de desemprego ou da inserção nas formas precarizadas de trabalho, num círculo vicioso perverso, leva cada vez um maior número de pessoas que compõem esses segmentos populacionais a conviver com formas fragilizadas de vida. |
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CONCLUSÕES:
A partir da análise dos dados evidencia-se que a nova desigualdade engendra um tipo de sociabilidade profundamente marcada por uma fragilização dos vínculos relacionais de inclusão e de pertencimento provocando uma duplicidade: por um lado mantém cidadãos socialmente integrados e por outro impede a inserção de grandes parcelas populacionais tornando-as sobrantes. A partir da análise de dois aspectos identitários dos usuários entrevistados dos atuais programas sociais, como sexo e faixa etária, comprovou-se a existência de duas formas atuais de expressão da Pobreza: a feminização e a juvenização do fenômeno. |
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Instituição de fomento: CNPq | ||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: pobreza; mulheres; jovens. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |