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G. Ciências Humanas - 1. Antropologia - 8. Antropologia | ||
A FEIRA DA PRAIA GRANDE NA PERSPECTIVA DO PATRIMÔNIO IMATERIAL | ||
Domingas Cantanhede 1, 3 (faladomingas@yahoo.com.br), Raimundo Inácio Souza Araújo 1, 3, Sislene Costa da Silva 1, 2 e Valdenira Barros 1, 4 | ||
(1. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional- IPHAN; 2. Unidade Integrada Prof. Sá Valle; 3. Universidade Federal do Maranhão-UFMA; 4. Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP) | ||
INTRODUÇÃO:
A política de patrimônio imaterial, instituída pelo decreto 3.551 de 4 de agosto de 2000, trouxe novas discussões a respeito da preservação dos bens históricos culturais. De acordo com essa política um bem não deve ser analisado exclusivamente pela estrutura física, como ocorre com os bens de natureza material, cujo instrumento jurídico para a preservação é o tombamento, mas busca envolver nessa dinâmica, os sujeitos que fazem parte da localidade na qual o bem está inserido. O registro é o instrumento jurídico utilizado para a preservação dos bens culturais de natureza imaterial. Nesse sentido, um bem para ser registrado necessita ser expressão de determinadas referências culturais locais. Nesta pesquisa, desenvolvida no âmbito da realização do Inventário Nacional de Referências Culturais do Centro Histórico de São Luís, nos propusemos a refletir sobre o significado da Feira da Praia Grande, em São Luís, enquanto bem na perspectiva do patrimônio imaterial. |
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METODOLOGIA:
Esta pesquisa desenvolveu-se amparada em revisão bibliográfica de autores que fazem a distinção entre a noção de bem na perspectiva do tombamento e na perspectiva do registro, utilizando como estudo de caso a Feira da Praia Grande. Também realizou trabalho de campo, por meio de observação direta e entrevista com diferentes usuários e comerciantes da feira. |
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RESULTADOS:
Observamos que o ambiente da Feira da Praia Grande congrega uma variedade de manifestações culturais como tambor de crioula, queimação de palhinhas, presépio, Festa da Juçara, Festejo de São José, comidas típicas e artesanato, as quais se desenvolvem por meio de práticas coletivas. A percepção da feira enquanto um espaço de agrega bens de natureza imaterial contemplaria de forma mais apropriada os diferentes usos que os moradores de São Luís fazem deste espaço. |
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CONCLUSÕES:
Concluímos que existe uma diferença de leitura entre um bem de natureza material e um de natureza imaterial. Essa visão vem sendo modificada por meio da ampliação da noção de patrimônio, propiciada por uma ampla discussão em torno do patrimônio imaterial. O estudo da Feira da Praia Grande na perspectiva do patrimônio imaterial reforça essa ampliação da noção de patrimônio. |
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Palavras-chave: patrimônio imaterial; Feira da Praia Grande; referência cultural. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |