|
||
D. Ciências da Saúde - 2. Medicina - 7. Saúde Materno-Infantil | ||
ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO NA ALTA DE RECÉM-NASCIDOS MENORES DE 34 SEMANAS DE IDADE GESTACIONAL | ||
Diego Cardoso Baima 1 (dieguim_soh@hotmail.com), Gustavo Amaral Lopes 1, Andrea de Borba Chaves 1, Ana Célia de Oliveira Silva Holanda 2, Ernani Ximenes Rodrigues 2, Janedson Baima Bezerra 2, Maria Solange Araújo Paiva 2 e Paulo César de Almeida 3 | ||
(1. Faculdade de Medicina de Juazeiro – FMJ; 2. Centro de Estudos Aperfeiçoamento e Pesquisa – Hospital Geral César Cals; 3. Depto. de Estatística - Universidade Estadual do Ceará - UECE) | ||
INTRODUÇÃO:
Introdução: O século XX teve “Declaração de Alma-Ata” como documento norteador para as políticas publicas mundiais. Apoiando estas recomendações muitos avanços aconteceram, dentre eles a redução das taxas de mortalidade infantil, o que aconteceu no Brasil. Esta redução foi proveniente de medidas implantadas em uma reorganização da atenção primária com incentivo ao controle das doenças infecto contagiosas, das diarréias, da desnutrição e incentivo ao aleitamento materno exclusivo como uma estratégia definidora. Entretanto neste novo milênio, mais um desafio surge, que são os agravos nutricionais ocorridos intra-útero ou no período neonatal, podendo gerar conseqüências deletérias futuras tanto no crescimento, desenvolvimento e doenças metabólicas e degenerativas. Assim como política deste milênio aparece a necessidade de redução nas taxas de mortalidade neonatais. Novamente temos o aleitamento materno como a principal ferramenta que colaborará para esta redução. O que fundamenta a importância desta prevalência. Objetivo: Determinar a prevalência do aleitamento materno(AM) na alta hospitalar de recém-nascidos(RN) menores de 34 semanas de idade gestacional(IG). |
||
METODOLOGIA:
Metodologia: Estudo transversal, em todas as crianças que nasceram no último semestre de 2004, com menos de 34 semanas de idade gestacional, em uma UTI neonatal de um hospital escola de referência estadual para gravidez de alto risco e “Hospital Amigo da Criança”. Foram excluídos os óbitos e aqueles com anomalias congênitas maiores. Os dados foram coletados dos prontuários. As variáveis estudadas foram: idade materna, escolaridade, número de consultas no pré-natal, intercorrências no período perinatal, tipo de parto, idade gestacional, peso ao nascer e morbidade do recém-nascido. A análise estatística baseou-se na determinação de freqüência, média, desvio padrão e técnicas do א2 (qui-quadrado), fixando-se um nível de significância de 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Geral César Cals. |
||
RESULTADOS:
Resultados: Dos 158 RN que nasceram com menos de 34 semanas de IG, 58,2% estavam em AM exclusivo e 41,8% em AM misto na alta hospitalar. Mães tinham idade média de 24,44 (dp: 6,342), com limite inferior e superior respectivamente de 15 e 45 anos. Eram 19,6% adolescentes enquanto 8,5% eram maiores de 34 anos. Sobre o nível de instrução: 32,0% não tinham o ensino fundamental completo; 31,0% com ensino fundamental completo, 34% tinham o ensino médio e 3,0% concluíram o ensino superior. Verificou-se que 13% não realizaram nenhuma consulta no pré-natal. Cerca de 53,9% das gestantes receberam corticóide antenatal. A Doença Hipertensiva Específica da Gestação aconteceu em 35,5% e infecção materna esteve presente em 44% dos partos. Quanto ao tipo de parto 55,0% foram cesáreas. 38,3% eram do sexo masculino. A media da IG foi de 31,57 semanas (dp= 2,22). 43,5% necessitaram de ventilação mecânica na UTI NEO. 5,3% fizeram uso de surfactante na sala de parto e 35% fizeram uso desse na UTI. Infecção tardia esteve presente em 73% dos RN. Uso de antibiótico foi necessário em 75% dos RN, onde 27,4% usaram apenas penicilina e gentamicina. 38% dos RN usaram cinco ou mais antibióticos. 26% necessitaram de transfusões de hemácias. Comparados com os recém-nascidos que não estavam em AM exclusivo, não se encontrou associação com idade materna, número de consultas no pré-natal, tipo de parto ou uso de ventilação mecânica. Contudo verificou-se maior índice de AM quanto maior escolaridade (p=0,040). |
||
CONCLUSÕES:
Conclusão: O baixo índice de aleitamento materno exclusivo encontrado na alta hospitalar desse recém-nascido de alto risco reflete a necessidade de intervenções mais efetivas na promoção do aleitamento materno. O momento internacional em relação ao alcance das Metas de Desenvolvimento do Milênio deve ser enfatizado para promover as políticas publicas vigentes com a redução da mortalidade infantil. |
||
Instituição de fomento: Secretaria de Saúde do Estado do Ceará | ||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: recém-nascido; aleitamento materno; lactação. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |