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C. Ciências Biológicas - 13. Parasitologia - 6. Parasitologia | ||
ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS NOS MENORES DO PROGRAMA 4S PRÓ-MENOR | ||
Jordanna Andrade de Farias Queiroz 1 (jordannaafq@ig.com.brr), Cícera Amanda Mota Seabra 2, Leonardo Trajano Ferreira 3, Sarah Rogéria Martins Moura 4, Victor Emmanuel Gadelha Pinheiro 5, William Ramos Tejo Neto 6, Anunciado Alves de Melo 7 e Teobaldo Gonzaga R. Pereira 8 | ||
(1. Graduanda do Depto. de Medicina Interna, Social e Preventiva, Univ. Federal de Campina Grande - UFCG; 2. Graduanda do Depto. de Medicina Interna, Social e Preventiva, Univ. Federal de Campina Grande - UFCG; 3. Graduando do Depto. de Medicina Interna, Social e Preventiva, Univ. Federal de Campina Grande - UFCG; 4. Graduanda do Depto. de Medicina Interna, Social e Preventiva, Univ. Federal de Campina Grande - UFCG; 5. Graduando do Depto. de Medicina Interna, Social e Preventiva, Univ. Federal de Campina Grande - UFCG; 6. Graduando do Depto. de Medicina Interna, Social e Preventiva, Univ. Federal de Campina Grande - UFCG; 7. Prof. Mestre do Depto. de Ciências Básicas e da Saúde, Univ. Federal de Campina Grande - UFCG; 8. Prof. Dr. do Depto. de Ciências Básicas e da Saúde, Univ. Federal de Campina Grande - UFCG) | ||
INTRODUÇÃO:
Nosso trabalho foi realizado no decorrer dos anos de 2003 e 2004, em que buscamos avaliar a prevalência de endoparasitoses (causados por helmintos ou protozoários, atingindo principalmente o trato gastrintestinal baixo), assim como averiguar a influência de nossas palestras e das condições de infra-estrutura da cidade no grupo de menores carentes do "Programa 4S pró-menor". Apoiado pelos SESI, SENAI, SESC, SENAC, dos quais surgiu a sigla 4S, esse programa mantém durante um turno 80 crianças residentes em bairros carentes da cidade, ou mesmo menores de rua envolvidos em atividades educativas, de saúde no âmbito odontológico e de lazer em Campina Grande. Portanto, faz-se necessária a ampliação das atividades, uma vez que não contam com nenhuma outra assistência médica além da odontológica. Para tanto, abordamos medidas profiláticas às parasitoses, junto aos alunos e aos seus pais, já que esses devem ser os principais educadores e, nem sempre, estão habilitados para tal. A educação relacionada à higiene pessoal e ambiental, enquanto uma das medidas profiláticas, é de suma importância, no entanto, não é o bastante para prevenção de endoparasitoses. |
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METODOLOGIA:
Inicialmente, foi estabelecido contato com os diretores do Programa 4S pró-menor, a fim de reconhecer o local de trabalho e público alvo, além de apresentar os objetivos. Ao longo dos dois anos foram ministradas palestras educativas abordando a prevenção de parasitoses, e ao final de cada ano realizamos os exames parasitológicos de fezes e analisamos os resultados obtidos, possibilitando uma análise comparativa dos dados. Para a realização dos exames, submetemos as amostras fecais ao método de Lutz ou de Hoffman, Pons e Janer, citado por Neves (1998), em que se colocam 2 g de fezes em frascos de Borrel com cerca de 5ml de água, triturando-as com auxílio de um bastão de vidro. Acrescentam-se mais 20ml de água à mistura, sendo esta submetida à filtração por gase cirúrgica em outro cálice de 200ml de capacidade, o qual é completado com água. As amostras são deixadas em decantação por 24 horas; então, introduz-se uma pipeta até o fundo do cálice, colhe-se uma gota do sedimento e deposita-a sobre uma lâmina. Segue-se a homogeneização com uma gota de Lugol, cobre-se com uma lamínula e é procedida a análise microscópica. |
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RESULTADOS:
O resultado dos exames realizados em 2003 foram: 68,75% positivos e 31,25% negativos. Já no ano de 2004 tivemos 41,86% de exames positivos e 58,13% negativos. Dentre os alunos que albergavam cistos ou ovos de uma ou várias espécies de parasita intestinal em 2003, registraram-se 81,81% casos de incidência de Ascaris lumbricoides; 81,81% de infecções por Entamoeba histolytica, enquanto a detecção de Entamoeba coli perfaz um total de 18,18%; os casos de infestação por Ancylostoma sp chegam a 18,18%; os de menor prevalência foram Hymenolepis nana, Strongiloides stercoralis, Trichuris trichiura e Enterobius vermicularis que totalizaram 9,09% cada parasito. No ano de 2004 os parasitas mais incidentes foram: Ascaris lumbricoides (66,66%), seguido de Entamoeba histolytica (44,44%), Entamoeba coli (16,66%), Iodamoeba sp (11,11%), Trichuris trichiura (11,11%) e Hymenolepis nana (5,55%). |
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CONCLUSÕES:
A análise dos resultados mostra que houve uma redução da prevalência de endoparasitoses em 26,89% no nosso grupo alvo. Tal diminuição pode ter decorrido de diversas causas como sanitarismo, melhor acesso à saúde, qualidade de vida e orientação sanitária e de higiene. Quanto às condições de infra-estrutura, constata-se que, apesar do sistema de esgotos sanitários ter sido implantado há cerca de quatro anos, ainda não atinge toda população da cidade. Da mesma forma, uma melhor qualidade de vida com maior qualidade de renda, moradia e alimentação não podem ser possibilidades muito valorizadas, pois tais condicionantes não foram constatados durante nossa prática. Destarte, as variantes de maior probabilidade são a educação sanitária e a orientação sobre higiene pessoal e comunitária, as quais foram realizadas nas palestras do nosso projeto. De maneira similar, o acesso à saúde foi melhorado, na medida em que durante a prática do projeto houve o encaminhamento dos infectados ao tratamento médico. Consequentemente, reforçamos a idéia de que o projeto de extensão citado se concretizou com maior êxito em seus objetivos. |
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Palavras-chave: endoparasitose; prevalência; criança. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |