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C. Ciências Biológicas - 11. Morfologia - 5. Histologia
ESTUDO MORFOQUANTITATIVO DE CORPÚSCULOS RENAIS E TÚBULOS COLETORES DE CAMUNDONGOS Mus musculus TRATADOS COM EXTRATO AQUOSO DE Dioclea grandiflora
Lécio Leone de Almeida 1 (lecioleone@uol.com.br), Luis Lúcio Soares da Silva 2, Diógenes Luiz da Mota 2 e Vitória de Cássia Félix de Almeida 1
(1. Depto. de Ciências Físicas e Biológicas, Universidade Regional do Cariri-URCA; 2. Depto. de Histologia e Embriologia, Universidade Federal de Pernambuco-UFPE)
INTRODUÇÃO:
(INTRODUÇÃO) O uso de plantas medicinais entre homens e animais é prática comum desde épocas remotas, onde os males orgânicos eram abreviados através da ingestão de determinadas plantas. Essa prática conduzida pelo instinto de sobrevivência foi fortalecida entre os animais enquanto que, para o homem foi se restringindo ao longo do tempo. Mesmo assim esse conhecimento empírico foi transmitido para gerações futuras objetivando sua continuidade. Na literatura científica, estudos sobre histologia e morfometria renal de animais tratados com plantas medicinais são ainda incipientes. O propósito deste estudo foi avaliar e quantificar alterações morfológicas de corpúsculos renais e túbulos coletores de camundongos tratados com extrato de Dioclea grandiflora, planta medicinal distribuída nas regiões da caatinga e do serrado do Nordeste do Brasil, utilizada pela população de baixa renda na preparação de infusões para o tratamento da litíase e problemas prostáticos.
METODOLOGIA:
(METODOLOGIA) Dividiu-se 16 camundongos albinos suíços (Mus musculus), machos com idade entre 45 e 60 dias e peso variando entre 22 a 32 gramas em dois grupos com oito animais cada. O grupo controle (GC) recebeu solução salina a 0,9% de NaCl e o grupo experimental (GEx) recebeu extrato da casca do caule de Dioclea grandiflora dissolvido em soro fisiológico (NaCl 0,9%) por sete dias via intraperitoneal. A dosagem do extrato utilizada para o tratamento supracitado foi de 62mg/kg de acordo com o cálculo da DL50. Após o sacrifício dos animais, os rins foram seccionados póstero-lateralmente e submetidos à rotina histológica.
RESULTADOS:
(RESULTADOS) No estudo histológico foram observadas diferenças estruturais significativas entre os grupos estudados como: hiperemia glomerular; desorganização do tufo glomerular; proliferação celular na matriz mesangial; degeneração dos túbulos contorcidos proximal e distal com vacuolização citoplasmática das células do epitélio cúbico simples; e obstrução parcial da luz dos túbulos. Na análise morfométrica observou-se redução do corpúsculo renal e dos túbulos contorcidos proximal e distal.
CONCLUSÕES:
(CONCLUSÕES) Os resultados permitem sugerir que as alterações histológicas e morfométricas são decorrentes de alterações na magnitude da ação tóxica da planta medicinal sobre os componentes renais. Desta forma, a pesquisa demonstra a importância de estudos envolvendo plantas medicinais e seus possíveis efeitos tóxicos.
Palavras-chave:  histomorfometria; rins; Dioclea grandiflora.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005