|
||
C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 4. Farmacologia | ||
MENSURAÇÃO DO TRANSPORTE MUCOCILIAR EM TRAQUÉIAS DE COBAIAS SENSIBILIZADAS E DESAFIADAS A OVOALBUMINA. | ||
João Paulo Melo de Pinho 1 (jpmp84@yahoo.com.br), Vasco Pinheiro Diógenes Bastos 1, 2, Cristiano Teles de Sousa 1, 2, Leonardo Lobo Saraiva Barros 1, Maria do Socorro Quintino de Farias 1, 3, Felipe Maciel de Farias 1, Marcela de Paula Cavalcante 1 e Rodrigo de Freitas Guimarães Lobato 1 | ||
(1. Faculdade Integrada do Ceará - FIC; 2. Universidade Federal do Ceará - UFC; 3. Universidade Estadual do Ceará - UECE) | ||
INTRODUÇÃO:
O tecido epitelial ciliado que reveste as vias aéreas tem uma grande importância na defesa contra a infecção pulmonar, pois os cílios varrem organismos e substancias potencialmente danosas ao trato respiratório inferior. A integridade deste tecido é indispensável para a defesa pulmonar. A asma é uma doença de caráter inflamatório crônico que acomete as vias aéreas, com conseqüente destruição desse epitélio ciliado. O objetivo do presente estudo é avaliar a função ciliar em modelos animais de asma induzidos pela inalação de ovoalbumina e tentar correlacioná-la a uma possível destruição do tecido ciliado como mostrado por outros pesquisadores. |
||
METODOLOGIA:
O modelo constituiu de inalação força de ovoalbumina em uma caixa fechada, com apenas dois orifícios, um para acoplamento do nebulizador e o outro para evitar a reinalação do CO2. A ovoalbumina foi diluída em NaCl 0,9% (solução fisiológica) e o tempo de duração da inalação foi de 15 minutos. Este protocolo foi repetido duas vezes por semana durante um período de quatro semanas, sendo que, durante este período, foram utilizadas concentrações crescentes de solução de ovalbumina (primeira a quarta inalações, 1mg/ml de ovoalbumina; quinta e sexta inalações, 2,5 mg/ml de ovoalbumina; sétima inalação, 5 mg/ml de ovoalbumina). O desafio antigênico consistiu de uma inalação adicional ao procedimento de sensibilização, na concentração de 30mg/ml pelo mesmo tempo de inalação. Os controles foram submetidos ao mesmo protocolo de inalação tendo apenas o solvente (solução fisiológica) como substância inalada. Foram anestesiados com hidrato de cloral a 40% (1ml/kg) para realização do experimento 3 horas após a sétima ou oitava inalação e fixados em posição horizontal e decúbito dorsal. Em seguida, 2µl de uma solução gelatinosa a 0,3g/ml contendo 0,5% do corante azul de Evans será injetada na traquéia. Decorridos dois minutos, as traquéias foram abertas e, a partir do ponto de injeção, será medido o transporte mucociliar com a ajuda de um paquímetro. Probabilidades iguais ou menores que 0,05 serão aceitas como indicativas de significância estatística. |
||
RESULTADOS:
Os resultados obtidos mostraram uma diferença no movimento mucociliar entre os grupos estudados. O grupo controle apresentou um transporte mucociliar mais eficaz que o grupo sensibilizado e o grupo desafiado. Tendo sido verificado que o transporte mucociliar no grupo de animais desafiados a ovoalbumina foi menor que o apresentado nos outros grupos, com um grau de atividade ciliar mais lento. |
||
CONCLUSÕES:
Com os resultados citados acima, pode-se inferir que o modelo de asma utilizado é eficaz em produzir alterações na função de transporte mucociliar nesses animais. A diminuição da motilidade ciliar provavelmente se deve a lesão do tecido epitelial da traquéia na fase crônica da inflamação. Outros estudos, como o de Saraiva-Barros em 2002, puderam demonstrar as lesões histológicas deste modelo de asma, o que ajuda a compreender as alterações da função ciliar encontradas nesta pesquisa. Os processos e prejuízos envolvidos na fase tardia da asma precisam ser mais bem julgados e sua importância deve ser mais considerada. |
||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Asma; Traquéia; Transporte mucociliar. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |