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A. Ciências Exatas e da Terra - 5. Matemática - 6. Matemática | ||
APRENDENDO MATEMÁTICA NO LABORATÓRIO | ||
Mércia de Oliveira Pontes 1 (merciapontes@hotmail.com) e Maria Gilvanise de Oliveira Pontes 2 | ||
(1. Colégio Nossa Senhora das Graças - CNSG; 2. Universidade Estadual do Ceará - UECE) | ||
INTRODUÇÃO:
Este trabalho refere-se ao estudo feito numa 5a série de uma escola da rede particular do município de Fortaleza, em um bairro de classe média, o qual resultou na monografia de Especialização em Ensino de Matemática cujo objetivo foi observar e analisar a interferência das atividades do Laboratório de Matemática no processo de aprendizagem desta disciplina. |
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METODOLOGIA:
Fizemos uma incursão reflexiva sobre a teoria que dá sustentação à prática do professor de Matemática, visitando pesquisadores da Educação e da Educação Matemática como Freire (1992), D’Ambrosio, Fiorentini (1995), para a realização da pesquisa bibliográfica. No plano empírico, realizamos durante um semestre, a cada quinzena, o total de sete encontros em que vivenciamos atividades matemáticas relativas ao conteúdo da referida série, no Laboratório de Matemática. Nesses encontros, realizamos observação participante e, posteriormente, aplicamos um questionário aos alunos, descrevemos a analisamos as respostas dadas, procurando detectar a importância do laboratório na aprendizagem dessa disciplina. As atividades realizadas no laboratório foram: identificando polígonos; tangram; construção de sólidos geométricos; separando quadriláteros; resolução de situações problemas; construindo dados; planificações de dados. |
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RESULTADOS:
Investigando o interesse despertado pela matemática a partir das atividades de Laboratório as respostas mostram que 89% dos alunos sofreram influência positiva, ficando 11% insensíveis a esta abordagem. Quanto ao grau de envolvimento durante as aulas de laboratório, revelou-se que 38% dos alunos tiveram grande envolvimento, enquanto 57% foram medianamente influenciados e 5% sofreram pequena influência. Tentamos descobrir se as aulas de laboratório estavam ajudando na aprendizagem dos conteúdos. As respostas apontam que 68% demonstraram terem sido beneficiados na aprendizagem dos conteúdos, enquanto 32% não se sentiram influenciados ou não responderam. Solicitados a indicarem a atividade de que mais gostaram, justificando sua escolha, observamos que foram aquelas em que exigia o manuseio de certos materiais como tangram, construção de sólidos geométricos e de dados. As justificativas dadas pelos alunos indicam a importância de terem trabalhado com montagem e de a atividade ser muito divertida. 86% dos alunos escolheram as três primeiras atividades e também mencionaram que mexeram com o raciocínio e com a percepção. Quanto à indicação da atividade de que menos gostou, justificando a sua resposta, 2,7% dos alunos disse que as atividades de laboratório não ajudaram na superação de nenhuma dificuldade, contra 60% dos pesquisados que, de alguma forma, sentiu-se ajudado por elas. Ainda observamos que 38% dos alunos não sentiram nenhuma dificuldade. |
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CONCLUSÕES:
Constatamos que as atividades de Laboratório de Matemática envolveram uma parcela significativa dos alunos pesquisados o que refletiu positivamente na aprendizagem da Matemática. Acreditamos que as possibilidades do Laboratório extrapolam o ensino de Matemática e auxilia a Escola em uma de suas pretensões mais louváveis de formar cidadãos críticos e participantes. A nossa formação pedagógica foi enriquecida pelos estudos e reflexões feitos a partir das disciplinas do curso de Especialização em Ensino de Matemática e da investigação cuja culminância é esta monografia |
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Palavras-chave: Laboratório de Matemática; Ensino Fundamental; Quinta série. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |