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D. Ciências da Saúde - 6. Nutrição - 5. Nutrição | ||
O CLIENTE DE RESTAURANTE COMO FONTE DE CONTAMINAÇÃO DE ALIMENTOS | ||
Adriana Moreira de Freitas 1 (adriananutricao@yahoo.com.br) e Luisa Helena Ellery Mourão 1 | ||
(1. Depto. de Ciências da Saúde, Universidade Estadual do Ceará) | ||
INTRODUÇÃO:
Nos dias atuais é sabido que as empresas, sejam de pequeno, médio ou de grande porte, se seus produtos não tiverem qualidade, estas terão poucas chances de sobrevivência e muito menos de crescimento, pois não serão competitivas. Dessa forma, a busca pelo fornecimento de produtos e/ou serviços com qualidade deve ser o alvo de qualquer empresa. Entre os vários parâmetros que determinam a qualidade de um alimento, os mais importantes são, sem dúvida, aqueles que definem as suas características microbiológicas. Essa preocupação na produção de alimentos relacionada ao controle do desenvolvimento microbiano visa eliminar riscos à saúde do consumidor, bem como prevenir ou retardar o surgimento de alterações indesejáveis nos alimentos. Essa pesquisa foi realizada em uma Unidade de Alimentação e Nutrição de uma empresa de grande porte na cidade de Fortaleza. O objetivo principal foi verificar de que forma o cliente pode contribuir para contaminação alimentar ao se servir, já que este tem acesso ao alimento no momento da distribuição e as estratégias educativas são na maioria das vezes voltadas para o funcionário da área da produção do alimento. |
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METODOLOGIA:
Foi aplicado um check list com os critérios a serem analisados durante uma semana no horário do almoço no refeitório que atende os funcionários da área administrativa, gerência e diretoria. Esse restaurante tem um estilo de distribuição do tipo livre demanda, onde os próprios clientes se servem à vontade de todas as preparações. Os critérios do check list analisavam se os clientes lavavam as mãos antes de se servir, se falavam ou tossiam ou espirravam sobre os alimentos, se apoiavam objetos sobre o balcão de distribuição, se utilizavam seus talheres já usados para se servir, se movimentavam os cabelos próximo aos alimentos, se encostavam o talher de servir em seu prato já usado e se pegavam a comida com a mão em algum momento durante o ato de se servir. |
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RESULTADOS:
A amostra total foi de 400 pessoas. Desse total pode-se observar que 76,2% não lavaram as mãos antes da refeição, sendo que desse percentual 53,4% eram do sexo feminino e 46,6% do sexo masculino; 44,5% falaram ou tossiram ou espirraram sobre os alimentos, desse total 45,5% foram mulheres e 54,4% foram homens. Nos itens que analisaram se os clientes apóiam objetos no balcão de distribuição e se utilizam talheres já usados para se servir, não houve nenhuma ocorrência. Foi observado que 7% dos clientes movimentam os cabelos próximo aos alimentos, sendo todos do sexo feminino. Verificou-se também que 5% da amostra encostaram o talher de servir no seu prato já usado, desse percentual 47,3% eram do sexo feminino e 52,7% do sexo masculino e que somente 0,5% pegaram a comida com a mão durante o ato de se servir, desse total 50% homens e 50% mulheres. |
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CONCLUSÕES:
Conclui-se que a contaminação alimentar pode não provir somente dos manipuladores de alimentos, mas também da clientela, já que foi observado que um expressivo percentual dos clientes apresentaram condutas correlacionadas com a contaminação dos alimentos. Dessa forma, é necessário campanhas educativas sobre contaminação alimentar para essa clientela. |
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Palavras-chave: Contaminação alimentar; Restaurante; Cliente. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |