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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 3. Educação Ambiental
SEGURANÇA ALIMENTAR: UM CONHECIMENTO INTRODUTÓRIO
Juvenita Lucena de Albuquerque 1 (juva@fundaj.gov.br), Lígia Albuquerque de Melo 1, Maria José de Araújo Lima 1, 2, Rosineide Vieira da Silva 1 e Solange Fernandes Soares Coutinho 1, 3
(1. Coordenação de Estudos Ambientais, Instituto de Pesquisas Sociais - Fundaj; 2. Instituto de Ecologia Humana - IEH; 3. Depto. de Geografia e História, Fac. de Form. de Profs. de Nazaré da Mata - UPE)
INTRODUÇÃO:
No Brasil na década de 80, do século passado, a Segurança Alimentar era pensada a partir do volume de alimentos produzidos internamente e da sua capacidade de atender à população. No entanto, nos últimos anos, a questão da Segurança Alimentar ultrapassou os limites da quantidade produzida e assumiu uma complexidade para além da fome imediata das pessoas carentes. Na I Conferência Nacional de Segurança Alimentar, realizada em Brasília, no ano de 1994 foi definido que: Segurança Alimentar é garantir que todas as pessoas tenham os alimentos de que precisam de maneira suficiente para cobrir toda a necessidade; estável para não ser prejudicada nem diminuída pela entressafra; autônoma, produzida no país, sem necessidade de importar; sustentável, que não destrua o meio ambiente; eqüitativa, que garanta igual acesso de todos a alimentos de boa qualidade e na quantidade necessária. Diante dessa problemática, a Coordenação de Estudos Ambientais - Ceamb da Fundação Joaquim Nabuco criou o projeto com a temática Segurança Alimentar: uma proposta pedagógica. Seu objetivo é promover a introdução do conhecimento sobre segurança alimentar focado na multidimensionalidade: quantidade, qualidade, diversidade, cultura, sustentabilidade e qualidade de vida. Com isso, a Ceamb aprofunda o processo de interação Instituição/Sociedade, à medida que oferece conhecimento e estimula ações de formar e transformar no ensino fundamental.
METODOLOGIA:
O projeto prevê a participação inicial de dez Escolas Municipais situadas no entorno da Fundação Joaquim Nabuco, todas do Ensino Fundamental. Dimensionado para três anos, envolve cinco fases: sensibilização, capacitação, troca de saberes, sistematização do conhecimento, divulgação entre os pares e avaliação. A sensibilização teve início com visitas às Escolas, reunião com educadores e encontro com educandos; à capacitação com a produção de texto, estando previstos cursos sobre a temática central e assuntos correlatos, os educandos foram convidados a participar de atividades lúdicas e em seguida a divulgar os conhecimentos adquiridos em painéis, teatros e outras formas de expressão. A avaliação está pensada como atividade para alimentar o aperfeiçoamento do projeto. O trabalho será finalizado com a criação do Curso de Especialização em Educação Ambiental sobre a temática central, o qual deverá tornar-se elemento permanente de articulação - Fundaj/Escola.
RESULTADOS:
Em 2004 foram selecionada quatro Escolas que participaram de modo diferenciado das atividades de sensibilização. Destas, duas participaram das três fases. Foram atingidos cerca de quinhentos educandos e trinta e cinco educadores. Todo material produzido foi exibido em painéis e registrado com imagens (fotos e filmes).
CONCLUSÕES:
O projeto Fundaj vai à Escola, com a temática Segurança Alimentar: uma proposta pedagógica, tem se revelado como um canal importante para troca de experiência entre pesquisadores da Fundaj e educadores da rede municipal. Como pontos relevantes até o presente pode-se destacar: 1) inovação da estratégia pedagógica; 2) participação ativa dos educandos; 3) integração entre educador-educando para práxis pedagógica; 4) o papel da Fundaj como instituição catalizadora de mudança no ensino fundamental; 5) interação interinstitucional no aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem.
Palavras-chave:  segurança alimentar; quantidade e qualidade alimentar; educação ambiental.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005