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C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 4. Farmacologia | ||
ESTUDO DOS EFEITOS CENTRAIS DA LECTINA DE ALGA MARINHA VERMELHA Amansia multifida Lamouroux | ||
Daisy de Almeida Sampaio 1 (daisy_sampaio@hotmail.com), Maria Vitória de Oliveira Correia 1, Maria de Loudes de Almeida Pereira Macedo 1, Samya de Araújo Neves 1, Glauce Socorro Barros Viana 1 e Ana Lúcia Ponte Freitas 2 | ||
(1. Depto. de Biofisiologia da Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte - FMJ; 2. Depto. de Bioquímica da Universidade Federal do Ceará - UFC) | ||
INTRODUÇÃO:
Lectinas são glicoproteínas polivalentes ou univalentes, de origem não imune, exibindo um ou mais sítios de ligação por subunidade, os quais são destituídos de atividade enzimática. Tais proteínas além de interagirem reversivelmente com açucares específicos, precipitarem polissacarídeos, glicoproteínas e glicopeptídeos, atuam no reconhecimento de células através de ligação seletiva com porções glicídicas da superfície de membranas. O presente trabalho tem como objetivo, determinar as possíveis ações centrais da lectina (Lec) de alga marinha vermelha Amansia multifida (AM) em camundongos visto que esta lectina apresentou efeitos analgésico e antiinflamatório a nível central e periférico. |
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METODOLOGIA:
Foram utilizados camundongos Swiss machos (25-30g) tratados com dose única da lectina (0,1; 0,5; 1,0; 5,0 e 10 mg/kg i.p.), diazepam (1mg/kg i.p.) ou água destilada (controle). Os animais foram submetidos aos seguintes testes comportamentais: labirinto em cruz elevado (LCE), onde foram avaliados o tempo de permanência nos braços abertos (TPBA-seg) e o tempo de permanência nos braços fechados (TPBF-seg); campo aberto (CA), onde foram registrados o número de cruzamentos (NC) e o número rearing (NR) e o teste do Rota rod (RR), onde foram registrados o tempo de permanência (TP-seg) e o número de quedas (NQ). Os dados foram analisados por ANOVA e Student-Newman-Keuls como teste post hoc, com p<0.05. |
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RESULTADOS:
No teste do LCE, apenas a dose de 10 mg/Kg da lectina promoveu alterações significativas nos parâmetros estudados: TPBA controle: 86,3 ± 9,321; TPBA diazepam: 216,1 ± 12,340; TPBA Lec: 54,87 ± 14,16; TPBF controle: 149,4 ± 6,07; TPBF diazepam: 66,1 ± 11,19; TPBF lectina : 205,5 ± 20,02. Em relação ao teste do CA, a lectina apresentou uma tendência para diminuir o NC nas doses de 5 e 10 mg/kg (controle: 67,8 ± 4,6; Lec. 0,1: 60,3 ± 6,8; Lec 0,5: 53,8 ± 4,5; Lec 1,0: 51,1 ± 4,0; Lec 5,0: 46,6 ± 6,6 e Lec 10: 51,9 ± 3,3), entretanto tendeu a diminuir o NR (controle: 30,4 ± 2,8; Lec 0,1: 25,9 ± 3,3; Lec 0,5: 17,9 ± 2,5; Lec 1,0: 18,1 ± 2,5; Lec 5,0: 19,1 ± 3,6; Lec 10: 23,8 ± 1,4). A lectina não produziu alterações no tempo de permanência e nem no número de quedas entre os grupos testados no RR. |
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CONCLUSÕES:
A lectina parece ser destituída de atividade ansiolítica do tipo benzodiazepínica, porém parece exercer efeito sedativo como observado nos testes do campo aberto e labirinto em cruz elevado. |
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Instituição de fomento: CNPq | ||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Lectina; Sedação; Ansiolítico. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |