|
||
C. Ciências Biológicas - 11. Morfologia - 6. Morfologia | ||
NEURÔNIOS DO PLEXO TRAQUEAL DE RATOS
DIABÉTICOS, PELA ESTREPTOZOOTOCINA, SOB O EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO COM O ÁCIDO ASCÓRBICO |
||
Evanilde Buzzo Romano 1 (ebromano@uem.br), Nilza Cristina Buttow 1, Célia Regina Scoaris 1 e Jacqueline Nelisis Zanoni 1 | ||
(1. Depto. de Ciências Morfofisiológicas, Universidade Estadual de Maringá - UEM) | ||
INTRODUÇÃO:
Avanços significativos tem sido feitos nas investigações sobre interações entre o sistema nervoso e o sistema imune em doenças inflamatórias crônicas. Portanto, sabe-se que a expressão clínica completa do Diabetes mellitus( (DM) tem como característica, além de complexas alterações metabólicas, complicações vasculares, neurológicas e até mesmo morfológicas, o que podem estar relacionadas com manifestações clínicas que ocorrem na via aérea. O dano neuronal decorrente do DM tem sido atribuído principalmente ao sorbitol. Esta substância é produzida pela redução de glicose na reação catalisada pela enzima aldose redutase. O acúmulo de sorbitol resulta em diminuição dos níveis intracelulares de mioinositol e taurina, com comprometimento da condução nervosa demonstrada pela diminuição da atividade do Na+, K+ e da ATPase tornando mais lentas as velocidades de condução nervosa. As drogas que reduzem a concentração do sorbitol inibindo a aldose redutase, podem ter um papel relevante no tratamento das complicações neurológicas do diabetes. O ácido ascórbico é uma destas substâncias e tem sido estudada no tratamento desta patologia por atuar na neuroproteção. Este trabalho teve como objetivo investigar os neurônios miosina-V imunorreativos da traquéia de Ratos Wistar (Rattus norvegicus) diabéticos suplementados com ácido ascórbico. Foi estudado a morfologia e a quantificação dos neurônios envolvidos na inervação da traquéia, situados na superfície dorsal, membranosa da traquéia, formando um plexo ganglionar. |
||
METODOLOGIA:
Foram selecionados 15 ratos machos, com noventa dias de idade, divididos em três grupos: normoglicêmicos e serviram como controle (C); diabéticos não tratados (D); diabéticos tratados com ácido ascórbico (DAA)(1g/L ao dia). Para a indução do diabetes os animais dos grupos D e DAA permaneceram por 14 h em jejum, e em seguida receberam 35mg/kg do peso corporal de estreptozootocina endovenosa (veia peniana), sendo comprovada posteriormente esta condição através da dosagem sanguinea da glicemia. Todos animais foram mortos com 210 dias de idade, sendo coletado a traquéia, e processadas para a elaboração de preparados totais. |
||
RESULTADOS:
Observamos em nossos resultados que os neurônios e as fibras nervosas formavam uma rede irregular entre os gânglios, porém nos ratos diabéticos os neurônios situavam-se mais esparsadamente e as fibras nervosas menos evidentes e no grupo DAA parece ter ocorrido uma maior proteção, visto que os gânglios e as fibras nervosas não se apresentavam em desarranjo. Os neurônios se apresentavam em vários tamanhos e formando gânglios de formatos diferentes, em todos os grupos. Quanto à quantidade de neurônios, verificamos que houve uma redução no número destes (17,8%), nos ratos diabéticos quando comparados com o grupo C e uma recuperação de 9,4% dos neurônios no grupo DAA, comparado com o grupo D. Portanto não foi uma diferença estatisticamente significativa. |
||
CONCLUSÕES:
Concluímos que a síndrome diabética causou alterações morfológicas nos neurônios e fibras nervosas, portanto na estrutura do plexo traqueal de ratos Wistar. |
||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: neurônios; diabetes; ácido ascórbico. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |