|
||
E. Ciências Agrárias - 5. Medicina Veterinária - 5. Reprodução Animal | ||
COLPOCITOLOGIA DE GATAS DOMÉSTICAS MANTIDAS SEM CÓPULA EM FOTOPERÍODO EQUATORIAL | ||
Daniel Falcão de Menezes Brilhante 1, 3 (lcdoap@yahoo.com.br), Ticiana Franco Pereira da Silva 2, 3, Iran Águila Maciel 2, 3 e Lúcia Daniel Machado da Silva 1, 2, 3 | ||
(1. Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará- FAVET/UECE; 2. Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Estadual do Ceará-PPGCV/UECE; 3. Laboratório de Reprodução de Carnívoros da Universidade Estadual do Ceará -LRC/UECE) | ||
INTRODUÇÃO:
Sabe-se que o epitélio vaginal da gata responde aos estímulos hormonais ovarianos desencadeando um processo cíclico de diferenciação e maturação celular por aumento dos níveis estrogênicos nas fases de proestro e estro. Gatas mantidas sem cópula em clima equatorial durante o período chuvoso da região nordeste apresentam continuamente sinais de comportamento sexual, entretanto nada se sabe acerca do perfil colpocitológico nestas condições. Assim, o objetivo deste trabalho avaliar o perfil colpocitológico de gatas domésticas não submetidas à terapia hormonal e mantidas sem cópula em fotoperíodo natural equatorial. |
||
METODOLOGIA:
Foram utilizadas 6 fêmeas adultas sem raça definida (SRD) com peso entre 3 e 4 kg oriundos do gatil experimental do Laboratório de Reprodução de Carnívoros da UECE. Os animais mantidos em gaiolas individuais e foram alimentados com ração comercial para gatos, recebendo água à vontade. Todos foram submetidos a 12 horas de luz natural e permaneceram em quarentena previamente ao experimento para acompanhamento clínico, vermifugação, vacinação e adaptação à manipulação. Foram confeccionados durante 25 dias esfregaços vaginais diários no início da manhã, introduzindo-se uma escova interdental umedecida com solução salina fisiológica (0,9% de NaCl) na porção cranial da vagina, realizando-se uma rápida rotação. A escova foi rolada suavemente sobre uma lâmina de vidro que foi após secagem a teperatura ambiente, fixada em metanol e corada com Panótico. Cada lâmina teve 200 células contadas em microscopia óptica nos aumentos de 100 e 400x, classificando os tipos celulares em: basal, parabasal, intermediária, superficial queratinizada nucleada, superficial queratinizada anucleada; e a presença de estrias de muco. Os resultados foram expressos através de média e desvio padrão. |
||
RESULTADOS:
Foi obtida uma média de 10,04 ± 3,25 (0,52%) células basais; 4,15 ± 6,63 (2,10%) células parabasais; 19,33 ± 17,06 (9,70%) células intermediárias; 131,21 ± 28,16 (66%) células superficiais queratinizadas nucleadas; 44,46 ± 33,06 (22%) células superficiais queratinizadas anucleadas. A presença de estrias de muco foi observada em 73% das lâminas analisadas. |
||
CONCLUSÕES:
A partir dos dados obtidos conclui que gatas domésticas mantidas sem cópula em fotoperíodo natural equatorial apresentam perfil citológico vaginal predominante de células superficiais queratinizadas nucleadas e anucleadas com presença de muco, o que corresponde às observações de exibição contínua de sinais de comportamento sexual já descritas na literatura para gatas nestas mesmas condições. |
||
Instituição de fomento: CNPQ | ||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: colpocitologia; gatas domésticas; fotoperíodo equatorial. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |