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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 7. Educação Infantil | ||
PSICOMOTRICIDADE: UMA VISÃO PSICOPEDAGÓGICA ENTRE TEORIA E PRÁTICA. | ||
Maria Solange Rodrigues Elias 1 (rodrigese@bol.com.br) e Eleta de Carvalho Freire 1 | ||
(1. Curso de Pós-Graduação em educação, Universidade Salgado de Oliveira - Recife - PE) | ||
INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO: Falar em educação ou desenvolvimento infantil sem apropriar-se e/ou, conceber-se na prática pedagógica o conceito de desenvolvimento e de educação psicomotora inviabiliza-se um trabalho de qualidade no que concerne o desenvolvimento humano. Segundo o PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, para aferir o avanço de uma população não se deve considerar apenas a dimensão econômica, mas outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana. O atual discurso da educação é o de que a escola deve proporcionar formação integral (intelectual, afetiva e social) às crianças, desenvolvimento. E este não se limita apenas a repasse de conteúdos como preparatório para estudos posteriores. É o que parece está fazendo a escola. O referido trabalho se propôs investigar como se dá a educação psicomotora na escola à luz da teoria. Acredita-se que, por ser a escola uma das principais instituições condutora do desenvolvimento humano, e que este vai além do aprender a ler e a escrever, a educação psicomotora não pode ser vista como algo dissociado do processo educativo. Esta enquanto prática, tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Acredita-se que este trabalho trará contribuições relevantes para o processo de ensino e aprendizagem na escola. Por esta razão justificou-se a execução dessa pesquisa. |
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METODOLOGIA:
METODOLOGIA: Metodologicamente falando, a pesquisa foi dividida em dois momentos. No primeiro, fez-se uma pesquisa literária e, posteriormente, visitou-se duas instituições educacionais: ambas de caráter privado, denominadas de escola X e escola Y. O trabalho foi realizado sob uma amostragem de 10% do total de professores de cada escola. Como técnica para coleta de dados, utilizou-se a observação in lócus, a aplicação de questionários e entrevista semi-estruturada com os professores, coordenadores e diretores de ambas as escolas |
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RESULTADOS:
RESULTADOS: Os resultados revelaram que há omissão das informações a respeito do assunto. Por causa disto, percebeu-se que há uma limitação teórico-prática por parte dos professores. Também percebeu-se que 70% dos entrevistados acham fundamental a educação psicomotora. Embora pouco conhecida, afirmam ser um trabalho complexo (por desconhecer). A definição de desenvolvimento dada pelos entrevistados está aquém do que rege a teoria. 83% dos entrevistados revelaram o desenvolvimento apenas do ponto de vista cognitivo, o afetivo e motor ainda não são essenciais. O mesmo ocorreu para a definição de psicomotricidade, que deu-se apenas do ponto de vista motor. Na escola X, 73% demonstraram que a prática psicomotora dar-se pelo professor de educação física, e, do ponto de vista apenas do corpo, não da integração entre o cognitivo, afetivo e motor. 73% da escola Y denunciaram que a educação psicomotora é executada pelo professor da educação infantil, e, de forma aleatória, sem um objetivo definido. Os dados apresentados foram suficientes para a análise e interpretação da pesquisa, chegando-se, assim, a uma conclusão do objeto de estudo. |
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CONCLUSÕES:
CONCLUSÃO: Com base nos dados coletados e analisados, acredita-se que nas condições em que se encontram os profissionais da educação, sobrecarregados e sem estímulo para desempenhar bem sua prática a partir da qualificação com estudos posteriores, o ensino não ultrapasse o ato de aprender a ler e a escrever. Conforme citado acima, a educação psicomotora, vai além disso, inclusive vai além do corpo. Significa, o homem intelecto, afetivo, motor e o mundo a sua volta. Para execução da sua prática são necessários tempo estabelecido e objetivos definidos, assim como a qualificação profissional. Esta qualificação não é de fácil apropriação, pois o salário da categoria não permite. O que percebeu-se na análise dos dados é que os profissionais da educação têm pouco, ou quase nenhum conhecimento a respeito da temática em questão. O que é bastante preocupante. Fala-se em educação inclusiva “portadores de necessidades especiais” etc, e a educação psicomotora existe para combater conseqüências de um mau desenvolvimento que poderá tornar uma criança “especial”. No entanto, a escola desconhece tamanha importância. Os resultados apresentados não são o bastante para rever tal concepção de educação nas escolas em geral, mas, nas que se dispuseram como fonte de estudo e contribuíram para a execução da pesquisa sim. A educação psicomotora deve ser vista como intrínseca ao processo educativo e não o contrário, dissociada. |
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Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Desenvolvimento; Psicomotricidade; Escola. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |