|
||
D. Ciências da Saúde - 2. Medicina - 8. Medicina | ||
QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DAS OSTRAS COMERCIALIZADAS EM PRAIAS DE SÃO LUÍS – MARANHÃO | ||
Thiago Alves Rodrigues 1, Leonardo Bezerra Maciel 1, Camila Freitas de Andrade 1, Carine de Oliveira Vieira 1, Valéria Maria Sousa Leitão 1, George do Lago Pinheiro 1, José Mário de Menezes Filho 1, Érica de Araújo Silva 1, Daniele Soares Veras 1 e José de Macedo Bezerra 1 | ||
(1. Departamento de Patologia, Universidade Federal do Maranhão-UFMA) | ||
INTRODUÇÃO:
Muitos estudos têm sido desenvolvidos para avaliar a possibilidade de transmissão de patógenos entéricos por meio de alimentos, especialmente de moluscos, como ostras. O ato de ingerir moluscos em estado cru, bastante comum no Nordeste, tem sido responsabilizado por surtos epidêmicos de distúrbios gastrentéricos, principalmente quando são capturados em ambiente aquático de qualidade sanitária comprometida. Espera-se avaliar a qualidade microbiológica de ostras comercializadas nas praias de São Luís-Maranhão, determinando o Número Mais Provável (NMP) de coliformes totais e fecais por grama de ostras. |
||
METODOLOGIA:
Foram analisadas 48 amostras no período de agosto/03 a julho/04, adquiridas aleatoriamente nas praias da Ponta d’Areia, Calhau, Olho d’água e Araçagi, totalizando 12 amostras por praia. No Laboratório de Bacteriologia do Departamento de Patologia da UFMA, as amostras foram processadas de acordo com normas de controle sanitário de alimentos. Procedeu-se a técnica dos múltiplos tubos para determinação do NMP de coliformes totais e fecais e contagem do índice colimétrico. As amostras com NMP de coliformes fecais maior que 100/g eram consideradas impróprias para o consumo humano. |
||
RESULTADOS:
Das 48 amostras avaliadas, 21 (44%) procediam da cidade de Primeira Cruz, 13 (27%) de Humberto de Campos, 11 (23%) da Raposa e três (6%) tinham procedência indeterminada. Dentre as amostras, 15 (31,25%) foram consideradas impróprias para o consumo, possuindo NMP de coliformes fecais maior que 100/g. Dentre as amostras impróprias, sete procediam de Primeira Cruz, cinco de Humberto de Campos, duas da Raposa e uma tinha procedência indeterminada. Em 2003, das 20 amostras avaliadas, cinco eram impróprias. Em 2004, das 28 analisadas, dez eram impróprias. |
||
CONCLUSÕES:
As ostras comercializadas em praias de São Luís possuem forte indicativo para serem consideradas veiculadoras de patógenos entéricos. Encontraram-se 15 amostras impróprias (31,25%), provenientes especialmente do município de Primeira Cruz. O maior período de chuvas no primeiro semestre de 2004 coincidiu com o maior número de amostras impróprias para o consumo humano. |
||
Instituição de fomento: CNPq | ||
Palavras-chave: Microbiologia; Ostras; Praias. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |