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D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 1. Análise de Controle de Medicamentos | ||
CONTROLE DE QUALIDADE POR CONSTITUINTES QUÍMICOS EM AMOSTRAS DE CAMOMILA Chamomilla recutita L. E BABOSA Aloe vera L. DE COLATINA/ES | ||
Rosana Casoti 1 (rcasoti@unesc.br), Tatiana Tonini 1 e Náuvia Maria Cancelieri 1 | ||
(1. Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC) | ||
INTRODUÇÃO:
Pesquisas com plantas medicinais, além de servirem como protótipos no desenvolvimento de novos medicamentos, fornecem subsídios para a prática de uso de medicamentos fitoterápicos de qualidade, eficácia e segurança comprovadas. A Organização Mundial de Saúde considera a fitoterapia nos seus programas e sugere procedimentos básicos para a avaliação de drogas vegetais, uma vez que setenta e cinco por cento da população mundial utiliza ou depende de fitoterápicos ou fitomedicamentos para tratamento de enfermidades. Para que o uso do fitoterápico seja satisfatório, é preciso considerar a influência de diversos fatores extrínsecos e intrínsecos, para tal deve-se fazer uma identificação correta da espécie, coleta adequada, pré-tratamento, armazenamento correto e principalmente a preparação e utilização terapêutica adequada. A qualidade de um fitoterápico é assegurada pela co-existência das substâncias ou grupos químicos, presentes na espécie. Devido a crescente adesão da população à utilização de produtos de origem vegetal, o desenvolvimento desse mercado e a má qualidade dos fitoterápicos no Brasil, houve a necessidade de se efetuar sua regulamentação para assegurar a qualidade dessa classe tornando indispensável o controle de qualidade das plantas medicinais. Este trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade, através dos constituintes químicos, em amostras de Aloe vera L. e Chamomilla recutita L. utilizadas nas farmácias, supermercados e ervanarias de Colatina/ES. |
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METODOLOGIA:
Foram utilizadas cinco amostras de babosa, sendo quatro na forma de pó, provenientes de farmácias de manipulação e uma amostra da planta in natura, mucilagem e látex, retirados das folhas da babosa, coletada em Colatina. Também foram usadas quatro amostras comerciais de camomila, sendo duas com capítulos florais inteiros provenientes de ervanarias, uma amostra na forma de pó obtida em farmácia de manipulação e uma amostra na forma de sachê precedente de supermercado. Todas as amostras foram analisadas através das técnicas preconizadas pelas Farmacopéias Brasileiras 2a e 4a Ed., Britânica e pela literatura específica presente no Plant Drug Analysis de Wagner e Bladt, 1996. As amostras foram submetidas à cromatografia em camada delgada, CCD, por ser uma metodologia simples, de custo acessível e fácil identificação dos compostos químicos. Foi utilizada placa de sílica gel F254 Merck, eluentes e reveladores segundo Wagner et al, 1996. |
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RESULTADOS:
De acordo com o que foi observado experimentalmente e com os valores obtidos na literatura, não foi possível identificar nenhum dos marcadores químicos característicos do látex da babosa, conforme Wagner, nas amostras em pó. No entanto, pôde-se constatar a presença de manchas sugestivas de antraquinonas em uma das amostras quando verificadas no Ultra-violeta, 365nm. No extrato proveniente da amostra da folha de babosa, planta in natura, foram identificados todos os marcadores químicos, comprovando sua autenticidade. Em todas as amostras de Camomila foi possível observar a presença dos seus constituintes químicos, de acordo com Wagner. No entanto, em uma amostra não foi possível observar a presença do marcador químico azuleno, mas, segundo as farmacopéias brasileiras, essa substância não compromete na qualidade da planta. |
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CONCLUSÕES:
Considerando que a parte da babosa utilizada para uso externo é a mucilagem, e esta deve estar isenta de antraquinona, substância presente no látex, pode-se sugerir que vinte e cinco por cento das amostras em pó analisadas estão em desacordo com a literatura. De acordo com as análises realizadas nas quatro amostras de camomila, os princípios ativos necessários para a qualidade dos óleos essenciais foram detectados em todas as amostras analisadas. O número de amostras de babosa e camomila não é significativo estatisticamente, mas as análises mostram que a matéria-prima vegetal comercializada em Colatina, no geral, é de boa qualidade. |
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Instituição de fomento: UNESC | ||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Qualidade; Camomila; Babosa. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |