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G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 3. Geografia
A EVOLUÇÃO DA GEOGRAFIA AGRÁRIA:A ATUAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO SEMI-ÁRIDO DO SUDOESTE DA BAHIA.
TÂNIA ALMEIDA DA SILVA 1 (ttaniaalmeida@bol.com.br), FABIANA SANTOS GOMES 1 e JANIO ROBERTO DINIZ DOS SANTOS 1
(1. DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA)
INTRODUÇÃO:
O trabalho desenvolvido tem como objetivo analisar a influência dos movimentos sociais na forma de convivência e resistência da população camponesa no Semi-árido da Região Sudoeste, enfocando as transformações sócio-políticas que essa convivência e resistência tem causado na vida das pessoas. No semi-árido a busca de inovações para a permanência do homem e da mulher no campo, faz com que parcerias se concretizem, despertando uma consciência política de grande envergadura, tornando esses homens e essas mulheres pessoas livres, principalmente do ponto de vista político-partidário. Pessoas que aos poucos vão deixando de alimentar a “indústria da seca” e vão percebendo que a convivência com o semi-árido é possível. É importante ressaltar que com toda a história que permeia o campesinato no Brasil, desde a sua colonização, resistindo ao período colonial e passando pelas Ligas Camponesas, não é de se duvidar que ainda hoje como uma classe social altamente dinâmica, os camponeses não se deixassem vencer pelo capital, mas, resistindo política e economicamente eles vão demonstrando que é possível ser camponês e viver com dignidade no semi-árido nordestino.
METODOLOGIA:
Quanto aos procedimentos metodológicos, foram realizados estudos de caso dos municípios de Anagé e Vitória da Conquista – BA com entrevistas aplicação de formulários identificando um perfil da agricultura camponesa no Semi-árido nordestino sob o ponto de vista geográfico, social político e econômico.
RESULTADOS:
A partir das discussões realizadas em campo e da análise das entrevistas e dos formulários aplicados chegou-se às seguintes conclusões: I) Com a atuação do movimento social e a participação das pessoas nas Associações, têm mais chance diante de suas reivindicações, trazendo melhoria e muito mais condição de resistir como camponês numa região com dificuldades prementes. II) Não se fala mais em combate à seca na Região Semi-árida, mas com algumas tecnologias, se tem incentivado a Convivência com o Semi-árido.
CONCLUSÕES:
Considerando o que se estudou até agora sobre a Agricultura Camponesa no semi-árido, pode-se dizer que, apesar das dificuldades enfrentadas pelos seus moradores devido a ausência de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento no campo, o mesmo apresenta-se como estratégia coletiva de sobrevivência e manutenção do pequeno produtor na terra pautada nos princípios da solidariedade, da organização e da resistência dos agricultores.
Percebe-se que a adversidade do clima não tem contribuído para o desânimo, mas pelo contrario, tem servido para que a luta seja mais veemente e motivo de mais força para continuar lutando. A população envolvida com os movimentos sociais tem adquirido grandes benefícios, mas o maior de todos tem sido a consciência política que esse povo sofrido tem adquirido.
Instituição de fomento: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Semi-árido; Movimentos Sociais; Campesinato.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005