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A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 4. Química de Produtos Naturais
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E ANÁLISE DA TOXICIDADE DE EXTRATOS DE Moringa oleifera LAM
Milena Barbosa Barreto 1 (milabbto@yahoo.com.br), Jason Stone Martins Neto 1 e Nilce Viana Gramosa Pompeu de Sousa Brasil 1
(1. Depto. de Química, Universida Estadual do Ceará - UECE)
INTRODUÇÃO:
Moringa oleifera é uma planta originária da Índia, pertencente à família Moringaceae, conhecida popularmente pelo nome de lírio, quiabo-de-quina ou simplesmente moringa. Foi introduzida no Brasil para arborização de ruas e praças. Na medicina popular, a M. oleifera é utilizada no combate de avitaminoses A e C, nos tratamentos de reumatismo e gota, como cicatrizante de feridas, na purificação da água e ainda como alimento. Muitas doenças, como aterosclerose, câncer, reumatismo, dentre outras, são causadas por radicais livres, podendo ser evitadas por agentes antioxidantes naturais. Porém, é necessário analisar a toxicidade da planta para que ela possa ser utilizada pela população sem prejuízos à saúde. Assim, devido à sua utilização alimentícia, avaliou-se o potencial antioxidante e a toxicidade dos extratos etanólicos das folhas, flores, vagens, sementes e galhos de M. oleifera , denominados MOF-E, MOFl-E, MOV-E, MOS-E e MOG-E, respectivamente.
METODOLOGIA:
Para a avaliação do potencial antioxidante, foi utilizado o método de varredura do radical livre DPPH, no qual consiste na mistura reacional de 3,9mL de uma solução de radical livre DPPH em metanol (6,5x10-5 mol.L) e 0,1ml da solução metanólica dos extratos (0,005g/mL), em seguida monitorou-se a absorbância à 515nm em vários horários até 300 minutos. Para a análise de toxicidade foi utilizado o microcrustáceo Artemia salina. Foram feitas, em triplicata, concentrações de 1000, 500, 100, 50, 10, 5, 1ppm. Foram colocadas 10 microcrustáceos nas amostras e após 24h foi feita a leitura. Utilizou-se o programa de estatística SPSS para encontrar a DL50.
RESULTADOS:
Das amostras testadas, os extratos MOF-E, MOS-E, MOV-E apresentaram maior índice varredor (IV%), 91,7%; 53,8%; 52,6%, respectivamente. Após os resultados da atividade antioxidante, o extrato MOF-E foi submetido à partição líquido-líquido com clorofórmio e acetato, denominado respectivamente (MOF-E-C), (MOF-E-Ac) e em seguida submetidas à atividade antioxidante, apresentando IV% de 90,5% (MOF-E-Ac) e 50,0% (MOF-E-C). Na análise de toxicidade, os extratos MOV-E, MOF-E, MOFl-E, MOS-E apresentaram DL50 acima de 1000ppm, enquanto que no extrato MOG-E, a DL50 ficou abaixo de 10 ppm.
CONCLUSÕES:
De acordo com os resultados, o extrato MOF-E teve maior IV%, compatível com IV% de MOF-E-Ac. O bioensaio mostrou que os extratos de MOF-E, MOFl-E e MOS-E não são tóxicos, comprovando a sua utilização popular como alimento.
Instituição de fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico- CNPq
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Moringa oleifera; DPPH; Artemia salina.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005