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B. Engenharias - 1. Engenharia - 4. Engenharia de Materiais e Metalúrgica
LEVANTAMENTO DAS CURVAS DE ENCRUAMENTO PARA A LIGA 6101.
Francisco Andrey Jucá Cavalcante 1 (andreyjc@ufpa.br), Ulysses Rodrigues dos Prazeres 1, Darci Augusto Moreira 1, Raimunda Figueiredo da Silva Maia 1 e José Maria do Vale Quaresma 1
(1. Depto. Engenharia Mecânica, Universidade Federal do Pará, UFPA.)
INTRODUÇÃO:
A trefilação como processo de conformação mecânica é explicada através de modelos teóricos há apenas 40 anos. Através das noções teóricas é possível atualmente, prever por antecipação as forças necessárias, podendo se avaliar o efeito da geometria da fieira ou as tensões que atuam na zona de deformação.
O encruamento ou endurecimento por deformação a frio é o fenômeno no qual o material endurece devido à deformação plástica realizada pelo trabalho a frio, esse endurecimento dá-se devido ao aumento das discordâncias e imperfeições promovidas pela deformação, que impedem o escorregamento dos planos atômicos, sendo influenciado por diversos fatores, tais como: estrutura cristalina do metal, natureza química do metal, pureza do metal, temperatura no processo de deformação e outros. Cabe ressaltar, que com o aumento do encruamento, propriedades físicas como limite de resistência a tração (LRT); ductilidade; condutividade elétrica e densidade têm seus níveis modificados.
Realizou-se um estudo conciso, que tem por objetivo obter a curva de encruamento para a liga 6101, cuja bobina, esteve armazenada por dois meses, sendo tratada termicamente “por 6h a 150°C” e submetida à trefilação até o diâmetro de 3,45mm com intuito de se tentar entender como as fases precipitadas ao longo do tratamento se comportam quando submetidas ao processo de deformação.
METODOLOGIA:
Primeiramente, foram retirados corpos de prova para ensaios de tração de 32 mm, ensaiada na máquina (KRATOS IKCL1-USB), de todas as reduções de fieiras desde o vergalhão de 9 mm até o fio de 3,45 mm. Cabe ressaltar que foi feito o registro da composição química da liga estudada com auxílio do spectromêtro de massa.
Fez-se então um estudo de como se correlacionar às propriedades mecânicas obtidas a partir do ensaio de tração, para se plotar as curvas que facilitarão no manuseio e predição de resultados das características estudadas que poderão ajudar na localização de possíveis falhas no processo de trefilação, visando dinamizar o processo produtivo de trefilação de fios e cabos condutores de energia elétrica.
RESULTADOS:
Constata-se que ao realizar os testes para o diâmetro de 3,45 mm, deformação final, que o fio não apresentou limite de resistência à tração suficiente para se enquadrar na norma NBR-6810.
Para os diâmetros de 6,21; 5,52 e 4,36 mm, observa-se que o material não mantém uma regularidade no ganho de limite de resistência a tração (LRT), o mesmo se nota para o alongamento percentual (δ%), contudo de forma mais acentuada.
CONCLUSÕES:
Quando se provoca o envelhecimento artificial, como indicado pelos procedimentos adotados, acelera-se a precipitação e a possibilidade de ser formada a fase Mg2Si, que por ser uma fase de equilíbrio tende a responder mais moderadamente ao processo de encruamento pela deformação plástica à frio.
O fato de em algumas etapas da deformação plástica o ganho no LRT não manter um comportamento crescente constante, pode estar associado a uma característica própria do alumínio, como se ocorresse um relaxamento (escoamento) para poder suportar o passe seguinte sem fraturar. Entretanto, na sequência das deformações o material não deixa de elevar seu LRT.
A predição do comportamento dos parâmetros analisados (LRT e δ%) pode ser realizada uma vez que se traçou uma curva de tendência para o confronto dos resultados obtidos.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Envelhecimento Artificial; Encruamento; Deformação à frio.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005