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E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo | ||
LEVANTAMENTO DE CLASSES DE SOLO E SUAS DESCRIÇÕES MORFOLÓGICAS NO SÍTIO BURITI, MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA – MT | ||
Christian Junior Nardin Bezerra 1 (chrisflorestal@bol.com.br), Gheorges Wilians Rotta 1, 2, Marcelo Martins Guimarães e Silva 1, Leandro Carlos Paes 1, Vinícius da Silva Martins 1, Gherdeone do Carmo Neto 1, Ayslaner Victor Gallo 1 e Willian Mac Donald Alves 1 | ||
(1. Depto. de Engenharia Florestal, Instituto de Ciências Naturais e Tecnológicas - UNEMAT; 2. Estágiario da Office National des Forêts ONF Brasil Ltda) | ||
INTRODUÇÃO:
O solo como meio natural para o crescimento e desenvolvimento das plantas, representa a parte superior da crosta terrestre, material não consolidado, com espessura variável e difere do material que a sustenta, em coloração, estrutura, textura, consistência, constituição física, química e em propriedades biológicas. O solo e desenvolvido pela ação do tempo (idade), clima, topografia e organismos sobre o material original. Devido a necessidade de aprimorar o conhecimento a respeito de como utilizar corretamente o solo, o estudo vem passando por diversas modificações em busca da produtividade primária e a sustentabilidade dos ecossistemas naturais e manejados. O conhecimento do perfil do solo vem a partir dos horizontes e características morfológicas, assim identificando prováveis classes de solo. Os horizontes de um solo, de cima para baixo, são designados convencionalmente, pelas letras O, A, B e C, e podem ser subdivididos quando apresentam camadas distintas. O horizonte A (eluviação) é a parte superior do solo com tonalidade escura devido ao acumulo de matéria orgânica. O horizonte B (iluviação), classe intermediária do solo com grande acumulo de minerais e argila. O horizonte C localiza na zona inferior, onde existem fragmentos da rocha mãe em estado de saprólito. A realização deste trabalho teve por objetivo o conhecimento parcial das classes de solos e sua descrição morfológica. |
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METODOLOGIA:
O local utilizado foi o sitio Buriti de 58 ha, a 15 km de Alta Floresta. Foram demarcados locais de acordo com a topografia, destinados a abertura de trincheiras de 1,30x1,30x1,50m. A demarcação foi denominada P-A, P-B e P-C. O P-A apresenta cobertura com pastagem brizantha Brachiaria Brizantha, o P-B encontra-se com brizantha B. Brizantha e o P-C, com humidícula B. Humidicula Coordenadas dos pontos: P-A 09°48’07’’S, 56°02’07’’W, P-B 09°48’08’’S, 56°02’02’’W e P-C 09°48’08’’S, 56°02’00’’W. Método de coleta, cada horizonte foi divido de acordo com a espessura, para auxiliar a coleta de solo foi utilizado, martelo pedológico, faca de ponta fina, retirou-se amostras referente a cada horizonte. E também amostras através do anel de koubeck, para calculo da densidade do solo. Cada amostra foi separada em sacos plásticos, constando informações nas etiquetas, como ponto de coleta e comprimento do horizonte. Com base na classificação de Koppen, a qual se fundamenta em valores numéricos de temperatura e Pluviosidade associados a vegetação, a região esta sujeita a classe (AWI). A temperatura media anual é de 24,9°C, variando de 24,3°C a 25,8°C, possuindo condições térmicas elevadas durante o ano, sem diferenças estacionais. As identificações das cores foram feitas através da Carta de Munsell, que faz combinação das cores, juntamente com o croma. Foram comparados amostras de cada horizonte (úmido), com cores de tonalidade que mais se assemelha com as cores da referida carta. |
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RESULTADOS:
Ponto P-A, neste perfil de solo, foram identificados A e B, A moderado e B textural e o horizonte de transição foi denominado BA por haver prevalência de B sobre. A estrutura classificada de blocos angulares, com a presença dos horizontes A1, A2, Bt1 e Bt2. Ponto P-B, foi feita limpeza nas paredes trincheiras para identificação dos perfis, foram identificados os horizontes A moderado e B textural, subdivididos em A1, AB, Bt1e Bt2, sendo AB o horizonte de transição. A distinção entre os horizontes ondulado e entre A e B delimitado como transição clara. A estrutura definida como blocos angulares. Ponto P-C, trincheira C possui um solo diferente dos anteriores, com apenas os horizontes A e C, sem o B, com estrutura granular simples, transição entre horizontes difusa, textura arenosa com presença dos horizontes A1, A2, C1, C2 e CR. Foram coletados amostras de dois horizontes de cada trincheira para o cálculo da densidade do solo lá existente. Não sendo coletado no ponto P-B devido ser a mesma classe de solo do ponto P-A.Densidade no ponto A com classe de solo Argissolo, horizonte A1, foi de 1,47 g/cm³, ponto A com classe de solo Argissolo, horizonte Bt2, foi de 1,47 g/cm³, ponto C com classe de solo Neossolo Quartzarênico, horizonte A1, foi de 1, 49 g/cm³ e no ponto C com classe de solo Neossolo Quartzarênico, horizonte C2 , foi de 1,79 g/cm³. |
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CONCLUSÕES:
A partir dos resultados obtidos através de características morfológicas e dados observados em campo concluímos que a área em estudo apresenta dois tipos de solos bem definidos, onde pontos P-A e P-B apresenta a mesma características de solo, Argissolo com horizontes A moderado e B textural. O ponto P-C apresentou características diferentes dos ponto anteriores, a presença de Neossolo Quartzarênico Ortico, com horizontes A e C e fragmento de rocha mãe em estado saprólito. |
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Instituição de fomento: ICNT / PROEC / UNEMAT | ||
Palavras-chave: Solo; Perfil; Alta Floresta. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |