|
||
| C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal | ||
| SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA EM SEMENTES DE Stryphonodendron barbadetiman (Vell.) Forrero (barbatimão). | ||
| Jackeline dos Santos Miclos 1 (Bolsista do PICIN-UNEB / biamiclos@bol.com.br), Eberth de Almeida Cortes 1, Leonara Alcântara Pimentel 1, Reginaldo Conceção Cerqueira 2 e Alessandra Terezinha Chaves Cotrim Reis 3 | ||
| (1. Acadêmicos do Curso de Agronomia/UNEB - Campus IX, Barreiras.; 2. Professor MSC Departamento de Ciências Humanas UNEB/Campus IX, Barreiras.; 3. Biologa/Pesquisadora, CRA/BASE CERRADO.) | ||
| INTRODUÇÃO:
O cerrado se destaca não só quanto a sua composição florística, mas quanto ao potencial que o mesmo apresenta, com espécies de uso ornamental, farmacológico e alimentício. Dentre a diversidade de espécies que ocorrem em suas fisionomias, pode-se destacar a Stryphononendron barbadetiman (barbatimão), a qual apresenta ampla distribuição, em várias regiões do Brasil. Caracteriza-se por ser uma árvore de folhas alternas, bicompostas, paripinadas; com inflorescência tipo espiga lateral de flores actinomorfas; o fruto é do tipo legume deiscente com cerca de 8mm, contendo sementes castanho – avermelhadas. Comunidades tradicionais as utilizam também como fonte de renda, o que pode ser uma alternativa econômica para o aproveitamento sustentado da região. Entretanto, o extrativismo predatório, associado ao intenso processo de ocupação do bioma, vem contribuir de forma significativa com a diminuição da ocorrência desta espécie. Assim como outras espécies nativas do cerrado, suas sementes apresentam dormência como mecanismo de sobrevivência, no entanto, alguns estudos indicam que sua germinação pode ser favorecida após 14 dias, quando são submetidas a escarificação. Com o objetivo de se obter melhor conhecimento sobre a fisiologia desta espécie e contribuir com a recomposição de áreas degradadas, foi montado experimento no Viveiro de Pesquisa de Plantas Nativas do Bioma Cerrado – UNEB/Campus IX –Barreiras-Bahia, a fim de determinar o melhor método de superação de dormência da espécie. |
||
| METODOLOGIA:
Este trabalho foi realizado no período de 152 dias no Viveiro de Pesquisa da UNEB/DCH/Campus IX, com objetivo de testar alguns métodos para superação de dormência em sementes de Stryphononendron barbadetiman (barbatimão). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com cinco tratamentos: T1 Escarificação e Imersão em água por 48 horas, T2 Imersão e escarificação em água por 24 horas, T3 Imersão em Ácido Sulfúrico (H2SO4) 50% por 5 minutos, T4 Choque térmico (90ºC por 1 minuto) e T5 Testemunha e 03 (três) repetições. Cada parcela experimental contou com 20 sementes. Após a aplicação de cada tratamento, as sementes foram semeadas em bandejas de polietileno contendo areia lavada como substrato. As bandejas foram dispostas aleatoriamente, em uma bancada dentro do viveiro com sombrite de 50% de sombreamento e irrigadas duas vezes ao dia. O experimento foi observado durante 152 dias e os parâmetros avaliados foram: índice de velocidade de emergência (IVE) e a porcentagem de germinação, cujos dados foram transformados em arco-senǿ √(p/100), para efeito de análise estatística. Os dados foram submetidos à análise de variância, sendo as medidas comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. |
||
| RESULTADOS:
O maior percentual de germinação (66,66%), assim como o Índice de Velocidade de Emergência IVE (0,41), foram apresentados pelo tratamento das sementes através do Choque térmico, enquanto que a testemunha apresentou 46,66 % de germinação e 0,28 de IVE, ambos tratamentos não diferenciaram estatisticamente de acordo com Teste de Tukey a 5% de probabilidade. Observando-se que o Choque Térmico proporcionou uma diferença de 20% a mais na germinação das sementes. Já o tratamento com Escarificação e Imersão e em água por 48 horas, com 25% de germinação, mostrou-se intermediário diferindo de todos os outros tratamentos. No entanto, com relação do IVE, este não diferiu dos tratamentos 2 e 3. No tratamento das sementes com imersão em Ácido Sulfúrico a 50% por 5 minutos a germinação foi nula, não diferindo estatisticamente do tratamento com Escarificação e Imersão em água por 24 horas, o qual apresentou um percentual de 6,66%. Contudo o uso de Ácido Sulfúrico pode ter acarretado a morte do embrião, devido ao teste em concentração de 50%, mostrando-se totalmente ineficiente. |
||
| CONCLUSÕES:
De acordo com as condições em que este trabalho foi desenvolvido, pode-se concluir que: nenhum dos métodos comparados a fim de melhorar a germinação desta espécie mostrou-se vantagens à testemunha, exceto o tratamento com o Choque Térmico, contudo, não houve diferença estatística. Portanto, pode-se semear o barbatimão sem tratamento prévio, contanto que se utilize, no mínimo, três sementes por recipiente. Pode-se ainda optar por fazer o tratamento das sementes com choque térmico, a fim de utilizar apenas duas sementes em cada saquinho. |
||
| Instituição de fomento: CRA-Base Cerrado,RDM , FAPESB e UNEB. | ||
| Trabalho de Iniciação Científica | ||
| Palavras-chave: Cerrado; Fenologia; Superação de Dormência. | ||
| Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |