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F. Ciências Sociais Aplicadas - 9. Comunicação - 2. Comunicação e Educação
A DICOTOMIA EXISTENTE ENTRE A AVALIAÇÃO E A GESTAÕ DE ENSINO SUPERIOR NO BRASIL
ANTÔNIO MARTINS DE OLIVEIRA JÚNIOR 1 (amartins@peq.coppe.ufrj.br) e REBECA TEIXEIRA MARQUES 1
(1. UNIVERSIDADE TIRADENTES)
INTRODUÇÃO:
O cenário da educação superior no país está em constante modificação, particularmente, devido a uma quebra de paradigma emergente, surgido de acordo com as propostas da reforma universitária sugeridas pelo atual Governo. Este trabalho de pesquisa analisou os atuais métodos de avaliação no ensino superior brasileiro, levantando a própria história do ensino superior do país. Foram identificadas falhas no sistema que avalia as instituições universitárias, centros universitários e faculdades do Brasil, o que permitiu retratar o quadro atual em que se encontram as instituições de ensino superior, que fogem às normas estabelecidas para a existência das mesmas.
METODOLOGIA:
Foram realizadas pesquisas bibliográficas dentro do contexto histórico em que surge o Ministério da Educação (MEC) no Brasil, na década de 30, até os dias de hoje. Foram consultados os veículos de comunicação da mídia impressa e pesquisas quantitativas e qualitativas foram realizadas dentro do meio acadêmico, junto à sociedade e às autoridades competentes pelo estabelecimento da educação. Foram realizadas entrevistas com reitores, secretários da Educação, funcionários do Ministério da Educação, cientistas políticos, antropólogos, historiadores e outros pesquisadores da área.
RESULTADOS:
Constatou-se que a criação das Leis de Diretrizes e Bases, em 1996, foi um grande passo para o desenvolvimento educacional em todo o país por regimentar, através de leis direcionadas, primordialmente, a inclusão social, mas as leis ainda não previam uma reforma universitária adequada ao sistema educacional que o Brasil necessita. A mudança no sistema de avaliação, com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), trouxe a certeza de que é preciso ser feita uma reforma universitária, que não atenda somente às necessidades do governo, mas também aos anseios da sociedade. A exploração da iniciativa privada, que hoje rege 70% de todo o ensino superior, aumenta e elimina a mobilidade social, tirando a autonomia da Universidade, como instituição provedora de ensino, e regimentando políticas em prol do governo e não da sociedade, permitindo a continuidade do atraso no ensino superior que atende bem ao sistema neoliberal.
CONCLUSÕES:
Os métodos de avaliação executados ainda não podem garantir a qualidade do ensino superior. Também, a reforma universitária não necessariamente vem regimentar uma avaliação mais coerente com a realidade dos estudantes. As universidades vêm se tornando instituições ritualistas que acabam formando cidadãos ilustrados e não cidadãos criadores capazes de se desenvolverem dentro da realidade social em que se encontram e de perpetuar uma mudança na cultura que se sustenta no atraso. O desenvolvimento social brasileiro está inerte no contexto tecnológico. É imprescindível ser feita uma reforma no ensino básico e fundamental, para que a reforma universitária consiga cumprir suas metas e gerar resultados a favor do desenvolvimento do Brasil.
Instituição de fomento: Programa de Bolsas de Iniciação Científica da Universidade Tiradentes - PROBIC
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Ensino Superior; Avaliação; Brasil.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005