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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua)
INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO: REALIDADE E ILUSÕES
Zires Marinho Leão 1, Alberto Antônio Oliveira 1, Odair José da Silva 1, Lorena de Paula Mendonça 1, Renato de Paula Franco 1, Kátia Cristina Brito 1, Fabiana Aparecida Gomes 1 e André Wetmann 1
(1. Departamento de Pedagogia, Faculdade Guaraí - FAG)
INTRODUÇÃO:
No mundo globalizado, ciência e tecnologia são termos inseparáveis. Todo conhecimento científico produzido nos últimos anos foi posto a serviço da humanidade através da tecnologia. A educação, instrumento de produção tanto da ciência como da tecnologia, tem a função de preservar o conhecimento científico e repassá-lo as novas gerações. A realidade do educacional brasileira trabalhada a nível básico, mostra que os sistemas de ensino estão evoluindo lentamente no que diz respeito ao processo de desenvolvimento tecnológico e um dos fatores que causam esse atraso e essa interferência é falta de incentivo na preparação dos docentes nesta área, e o desinteresse dos mesmos em conhecer ambientes computacionais. O objetivo desta pesquisa é saber como os professores das unidades de ensino pertencentes ao Estado do Tocantins no município de Guaraí, estão se preparando para utilizar o computador como recurso didático pedagógico e se os mesmos se sentem motivados e interessados nesta aprendizagem. A utilização do computador e de softwares educacionais são atividades cada vez mais comuns no meio educacional, saber utilizá-los e trabalhá-los com os alunos se torna algo imprescindível para o desenvolvimento cultural e social de um determinado meio, por essa razão é importante saber como os professores da educação básica estão sendo preparados e se esse trabalho já apresenta resultados significativos para o processo educacional do sistema de ensino já citado.
METODOLOGIA:
Para a coleta dos dados foram pesquisados os coordenadores da primeira fase do ensino fundamental das escolas estaduais da cidade de Guaraí / Tocantins, atualmente o município conta com sete escolas estaduais que oferecem educação básica desde o ensino fundamental, anos iniciais, até o ensino médio. Foram convidados sete coordenadores pedagógicos para serem entrevistados, um de cada unidade escolar, levando em consideração o nível de ensino em que atuam. Foi utilizada entrevista semi-estrutural baseada no tema: a inserção da informática no espaço escolar e formação de professores.
RESULTADOS:
Apôs realizações da pesquisa pode-se chegar a dados que retratam um pouco da realidade em que se encontram os processos de formação e capacitação dos professores das escolas estaduais de Guaraí, no que se refere ao uso do computador como recurso de ensino. Através das entrevistas com as coordenadoras pedagógicas constatou-se que em média 60% dos professores que atuam nestas escolas não sabem ou encontram dificuldades para utilizar programas no computador, como por exemplo, um editor de texto. As coordenadoras informaram que quando foi criado o programa estadual de informatização das escolas estaduais, dois professores de cada unidades de ensino receberam capacitação adequada sobre informática, os mesmos deveriam repassar o que aprenderam aos outros professores de sua unidade, o que não aconteceu de fato. Das entrevistadas, seis disseram que alguns seus professores utilizam os computadores da escola (que são três e média) para atividades como preencher diários e digitar provas. Somente uma coordenadora afirmou que a maioria dos professores que trabalham em sua unidade de ensino utilizam o laboratório do colégio (é a única escola com laboratório de informática do município) para desenvolver atividades com seus alunos.
CONCLUSÕES:
Após a pesquisa verifica-se que as escolas estaduais de Guaraí estão ainda longe de atender ao que é proposto pelo Plano Nacional de Educação, e que o sistema estadual de ensino pode demorar aderir efetivamente à inclusão digital. Percebe-se que a dificuldade em iniciar um trabalho voltado para a inserção da informática no meio educacional passa por questões estruturais e financeiras e também por resistências pessoais e profissionais. Muitos professores não se interessam ou apresentam um certo temor em iniciar estudos, mesmo que de maneira informal, sobre a informática e seus recursos, exemplo dessa realidade é a resistência de muitos docentes em utilizar o diário eletrônico, deixando-o de lado para continuarem utilizando os manuais, que são mais complexos e demandam mais tempo para seu preenchimento. Se a idéia é incluir o aluno num mundo globalizado e interligado, é preciso que os educadores se tornem exemplos de curiosidade e criatividade incentivando, assim, o corpo discente para que os mesmos possam interagir mais com os recursos computacionais.
Palavras-chave:  Informática na educação; Exclusão digital docente; Inclusão digital.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005