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F. Ciências Sociais Aplicadas - 6. Planejamento Urbano e Regional - 4. Planejamento Urbano e Regional
ANALISE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE JI-PARANÁ RO, RUMO A UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARTICIPATIVO
Victor Venancio Aráoz 1 (vase@brturbo.com.br), Susana Maria Mana de Aráoz 2, Sâmela Soraia Sartin 3, Claudia Bardal Soria 4, Norberto Golh 5 e Rosana Murcia Baroni Paio 1
(1. Depto Administração, Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná-CEULJI; 2. Depto Pedagogia, Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná–CEULJI; 3. Depto Sistemas de Informação, Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná–CEULJI; 4. Depto Comunicação Social, Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná-CEULJI; 5. Depto Administrativo, Câmara dos Dirigentes Lojistas de Ji-Paraná-CDL)
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho levantou as características ambientais presentes no Município de Ji-Paraná para colaborar com a compreensão do desenvolvimento do mesmo já que a comunidade tem uma percepção empírica de que o município não progride à altura de seu potencial econômico, capacidade social, educacional e de serviços que possui de acordo com o expresso pelos representantes das instituições públicas e privadas participantes que expressaram um forte desejo no sentido de colaborar na Análise Ambiental em direção a um plano de estratégico local para aproximar o poder público à visão dos agentes econômicos e sociais locais. Assim os objetivos específicos foram a análise do ambiente interno e externo para determinar pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças.
METODOLOGIA:
A metodologia foi uma pesquisa-diagnóstica no ambiente econômico e social do município-caso para levantar sua problemática de desenvolvimento social e crescimento econômico por meio de conversações-pesquisa com painéis de empreendedores, secretários municipais e assessores, além de presidentes de bairros, desenvolvidos conforme pautas que levaram à coleta de dados suficientes para responder os objetivos específicos. Os dados foram classificados e analisados de acordo com a teoria para obter os resultados da pesquisa.
RESULTADOS:
Os resultados foram: Pontos Fortes – importante vocação agropecuária, de varejo, atacado e serviços servindo outros municípios; mão de obra disponível presentemente adequada, educação nos três níveis expandindo, estrutura hoteleira suficiente; transporte urbano adequado e intermunicipal bom; estrutura de comunicação e sistema financeiro moderno. Pontos fracos – falta de credibilidade histórica das administrações municipais; qualidade de vida aquém do necessário; educação técnica de nível médio quase inexistente; serviços públicos, saúde, iluminação, limpeza, combate a incêndios, etc. extremamente deficitários; transporte aeroviário deficiente; além de baixa auto-estima da população. As Oportunidades - crescimento da consciência social da necessidade de diálogo e planejamento; o município ser pólo de atendimento SUS e Educação Inclusiva MEC; fortalecimento do comércio e serviços em geral; fomento à criação de clusters, aglomerados, redes de negócios, cadeia produtiva da agropecuária; incentivo à cerâmica, plantas ornamentais, as pedras preciosas, o café, as frutas, o estudo da exploração econômica da biodiversidade e principalmente a agroindústria.. As Ameaças - baixa qualidade de vida e questão fundiária não resolvida impedindo investimentos e financiamentos; o parque tecnológico ficar obsoleto, como conseqüência, vendas pela internet esvaziando o comercio varejista, concentração da atividade econômica em poucos setores; mão de obra técnica insuficientemente qualificada.
CONCLUSÕES:
A primeira idéia-constatação é que Ji-Paraná é um município com recursos reconhecidos pelos munícipes, mas que não tem encontrado eco nas administrações públicas. Projetos e estudos não faltam e são antigos, mas não saem do papel. Formulações não parecem existir, pelo menos aquelas que empolguem a comunidade. Na cidade de Ji-Paraná não há uma praça pública, um coreto. Lugares que agreguem pessoas corriqueiramente também não há. Por este ângulo de visão não há vez de atrair investidores, aqueles que vem também à procura de qualidade de vida. No diálogo com os atores sociais observou-se que muitos fizeram cursos que os encorajaram, partiram para empreender e deram certo. Muitos estão estudando. Atrair capitais é complexo, os investidores são exigentes, o município precisa demonstrar amplas condições de infra-estrutura econômica e social. Isso requer muito comedimento de todos os agentes sociais. Relacionamentos e conexões são cruciais e todo o esforço de dialogo deveria ser levado para painéis permanentes e para os Conselhos Municipais. Propõe-se o estudo comunitário das experiências das redes italianas da região de Emilia Romagna, como um dos exemplos de desenvolvimento que pode ser útil para o município, num trabalho de execução de Planejamento Estratégico participativo que aparece como necessário para orientar o crescimento e desenvolvimento em todos seus aspectos.
Palavras-chave:  Desenvolvimento; Municipal; ameaças.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005