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| A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 4. Química de Produtos Naturais | ||
| ESTUDO FITOQUÍMICO E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DOS EXTRATOS DE PLANTAS DO PARQUE BOTÂNICO DO CEARÁ | ||
| Mariano George Sousa Vieira 1 (mariano_uece@yahoo.com.br), Davi Varela Magalhães 1, Jason Stone Martins Neto 1 e Nilce Viana Gramosa Pompeu de Sousa Brasil 1 | ||
| (1. Depto. de Química, Universidade Estadual do Ceará - UECE) | ||
| INTRODUÇÃO:
O Brasil possui a maior diversidade genética de espécies de plantas no mundo, no entanto 5% são sujeitos a detalhes do estudo fitoquímico. Os extratos de plantas têm provocado interesse como fonte de produtos naturais. Eles têm sido avaliados pelo seu potencial como preservação de alimentos dos efeitos tóxicos de oxidantes. De acordo com a teoria moderna dos radicais livres biológicos e a medicina, espécies oxigenadas reativas estão envolvidas em muitas doenças. Os antioxidantes naturais são extensivamente estudados pela sua capacidade de proteger os organismos e células dos perigos induzidos pelo stress oxidativo, sendo posteriormente considerado a causa do envelhecimento, doenças degenerativas como câncer. O Parque Botânico do Ceará é potencialmente rico de espécies botânicas bioativas nativas da região, dentre as quais as plantas: Bauhinia ungulata, Cratylia argentea, Diodia radula, Lantana camara, Mouriria cearensis, Randia armata e Simarouba versicolor, conhecidas respectivamente como Mororó, Camaratuba, Língua-de-sapo, Camará, Mandapuçá, Roseta e Paraíba. Elas têm sido alvo de investigação científica para a determinação de seus potenciais químico-biológicos, visto que na literatura há poucos relatos de estudo químicos destas espécies. Este trabalho tem como objetivo identificar as classes de constituintes químicos presentes nos extratos etanólicos das folhas das plantas citadas e avaliar seus potenciais antioxidantes. |
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| METODOLOGIA:
As plantas foram coletadas no Parque Botânico do Ceará e identificadas no Herbário Prisco Bezerra na Universidade Federal do Ceará onde estão depositadas as suas exsicatas. As folhas foram secas e extraídas com etanol durante sete dias. Os extratos foram concentrados em evaporador rotativo. Os testes fitoquímicos foram realizados segundo um protocolo descrito por Matos (1997). Para a avaliação do potencial antioxidante, foi utilizado o método de varredura do radical livre DPPH, no qual consiste na mistura reacional de 3,9mL de uma solução de radical livre DPPH em metanol (6,5x10-5 mol.L) e 0,1mL da solução metanólica dos extratos (0,010g/mL), em seguida monitorou-se a absorbância, num comprimento de onda igual a 515nm, em vários horários até 300 minutos utilizando o espectrofotômetro SPEKOL 1100. Calculou-se o índice de varredura (IV) em percentagem relacionando a absorbância do DPPH com a absorbância da amostra. |
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| RESULTADOS:
Nos testes fitoquímicos foram observadas algumas semelhanças entre as duas espécies de Rubiaceae: Randia armata e Diodia radula, onde ambas apresentaram testes positivos para catequinas, esteróides, flavonas, taninos catéquicos e xantonas. As outras espécies estudadas mostraram diferenças na presença das classes de metabólitos secundários testadas. Os esteróides, taninos catéquicos e xantonas foram identificados em todas as espécies testadas, exceto a Mouriria cearensis que não apresentou xantonas. Na atividade antioxidante a Cratylia argentea apresentou um melhor resultado com um índice de varredura (IV%) de 90,1%, a Diodia radula com um (IV%) de 89,6%, a Randia armata, 88,7%, a Mouriria cearensis, 88,4%, a Bauhinia ungulata, 88,4% e a Simarouba versicolor, com um índice varredor de 65,4%. |
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| CONCLUSÕES:
De acordo com os resultados obtidos, a boa atividade antioxidante das espécies estudadas relaciona-se, provavelmente, com as classes de compostos identificados pelos testes fitoquímicos: taninos catéquicos, xantonas e flavonóides. Estudos posteriores serão realizados com essas plantas a fim de confirmar qual o constituinte químico responsável pela potencialidade de suas atividades. |
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| Instituição de fomento: Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP | ||
| Trabalho de Iniciação Científica | ||
| Palavras-chave: Fitoquímicos; Antioxidante; DPPH. | ||
| Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |