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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva
ALTERAÇÕES DOS ESTADOS PSICOLÓGICOS versus VARIAÇÕES NA INTENSIDADE DE FORÇA UTILIZADA NUMA SESSÃO DE TREINAMENTO DE FORÇA
Alan de Freitas Barbiéri 1 (barbieri@faminas.edu.br) e Emerson Filipino Coelho 1
(1. Faculdade de Minas, FAMINAS, 36880-000, Muriaé/MG)
INTRODUÇÃO:
Na atualidade, um crescente número de pessoas busca as academias para bem estar mental, manutenção da saúde, socialização, qualidade de vida. Diante disto, o exercício físico tem sido cada vez mais estudado como meio de promoção de saúde física e psicológica, sendo abordado pela Psicofisiologia, que busca estabelecer relações nos processos do comportamento humano, através de simultaneidade psíquica (eventos mentais) e fisiológica (processos corporais).
Nesta temática, já existem trabalhos que elaboram uma estreita relação entre ansiedade e estresse, através de dois passos que têm íntima relação com o presente trabalho:
- estresse é uma combinação de situações que pode ser percebida como ameaçadora e causar ansiedade;
- ansiedade é o processo que se desenvolve quando não se é capaz de lidar com as demandas da situação e com a ansiedade em geral, levando a reações de caráter psicofisiológico negativo.
Assim, pretende-se perceber as alterações nos estados psicológicos de atletas em sessão de exercícios físicos com pesos, treinamento de força, numa intensidade de 55% da carga máxima, comparada a uma intensidade de 80%, através dos indicadores psicológicos POMS: tensão, raiva, vigor, fadiga, depressão e confusão mental dos praticantes e tentar correlacionar as variações dos estados psicológicas às variações na intensidade de força utilizada.
METODOLOGIA:
Através de uma coleta de dados de um grupo amostral constituído por 20 indivíduos, do sexo masculino, entre 18-25 anos, matriculados em uma academia de Juiz de Fora/MG. Foi realizado um teste de carga máxima por repetição. Após o cálculo das porcentagens de 1RM para todos os indivíduos, foram elaboradas duas unidades de treino, representando uma seqüência de exercícios que correspondem à realidade usada nas academias. Uma das unidades de treino foi realizada com 55% da carga máxima a outra com 80%. O questionário POMS foi respondido antes e imediatamente após cada unidade treino.
RESULTADOS:
Os resultados constataram um efeito significativo (p<0,05) de pré para pós treino 55%, no teste de Wilcoxon. Houve redução do escores relativos à variável vigor e aumento dos escores relativos à fadiga, o que não foi observado para a intensidade de 80%. Ao mesmo tempo, os efeitos psicossociais do exercício físico incluem vários benefícios, tais como: aumento da satisfação, decréscimo da tensão, do estresse e da ansiedade.
CONCLUSÕES:
Já foi evidenciado que o trabalho de força é um modo de diminuir o declínio em força e massa muscular relacionado com idade, o que resulta em melhor qualidade de vida de seus adeptos. No entanto, o treinamento de força, como outra atividade física, implica em simultaneidade psíquica, nem sempre levada em consideração pelos praticantes ou profissionais da área.
Concluiu-se que os resultados sugerem que treinamentos de força nas academias que utilizem 55% da carga máxima podem ter efeito negativo sobre o perfil dos estados de humor do praticante, resultando em uma série de complicações na saúde e bem-estar do atleta. Diante de tal fato recomenda-se que outros estudos investiguem o motivo pelo qual um treino com 55% tem um impacto maior sobre os estados de humor do que um treino com 80%, para que desta forma elaborem-se melhores fórmulas e estratégias para que se alcance o objetivo planejado pelo atleta que busca uma boa saúde física e mental. Só assim poderá ser oferecido ao praticante de atividades físicas, subsídios para um melhor aproveitamento das características positivas, proporcionando-lhes melhor qualidade de vida, para que possam ser mais saudáveis e mais bem humorados.
Instituição de fomento: FAMINAS, Laticínios DaMatta
Palavras-chave:  Psicofisiologia; Treinamento de força; Estados de humor.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005