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B. Engenharias - 1. Engenharia - 14. Engenharia | ||
REFLEXÕES SOBRE OS EFEITOS DA OCUPAÇÃO TURÍSTICA DA PRAIA DE PITITINGA, LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE RIO DO FOGO, LITORAL ORIENTAL DO RIO GRANDE DO NORTE. | ||
Ana Paula Bezerra Costa 1 (anapaulinhabc@hotmail.com.br), Ewerton Moura de Azevedo 1, Laurenice Martins Pereira 1, Rebbeca Maia Balduíno Santos 1, Rosanne de Lima Filgueira 1, Sinara Cybelle Turíbio e Silva 1, Tiago Souza 1, Wania Regina Harada do Nascimento 1 e Leci Reis 1 | ||
(1. Gerência de Recursos Naturais, Centro Federal de Educação Tecnológica - CEFET/RN) | ||
INTRODUÇÃO:
É dito erroneamente pelos vários meios de comunicação que o turismo é “a indústria que não polui”. Mas essa atividade econômica, que aparenta não poluir por não produzir efluentes como resíduos de produção (como uma indústria convencional), é significativamente impactante ao Meio Ambiente. A Praia de Pititinga e o seu vilarejo, localizada em Rio do Fogo, litoral oriental do Estado do Rio Grande do Norte, é uma praia ainda não explorada pela atividade econômica supracitada; todavia, o local é detento de uma enorme potencialidade turística. A sua exploração para tal fim é apenas uma questão de tempo. Como deveria ser feito em todas a ações que buscam um Meio Ambiente Sustentável, é preciso que se faça um Planejamento da Ocupação Turística do município, enfocando a praia estudada. Este projeto abre caminhos para que este Planejamento seja iniciado pelas autoridades. Portanto, objetiva-se com este trabalho analisar a capacidade de suporte da praia em questão, em relação aos impactos ambientais oriundos de uma futura ocupação turística. |
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METODOLOGIA:
Para atingir tal objetivo, foram necessários o zoneamento ambiental do local em estudo e o reconhecimento da sua infra-estrutura urbana, assim como das condições ambientais, naturais ou não. Também foi realizado o levantamento histórico do seu surgimento, além de estudos comparativos com áreas onde a atividade turística já se encontra plenamente consolidada. Para a busca de informações, fez-se uso de pesquisas bibliográficas, entrevistas à população nativa, fotos e mapas adquiridos no órgão ambiental do estado do Rio Grande do Norte, o IDEMA – Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente. Foram realizadas duas viagens de campo, com duração de três dias cada. Nelas, o grupo de pesquisa foi dividido em dois, sendo uma parte responsável pelo georreferenciamento e zoneamento do local e, outra, pela coleta e seleção de dados, além de seu estudo estatístico. |
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RESULTADOS:
A Praia de Pititinga, de acordo com o Zoneamento Ecológico - Econômico desenvolvido pelo IDEMA, encontra-se inserida na Zona Especial Costeira - ZEC. O grupo de pesquisa, por sua vez, resolveu criar outro sistema de zoneamento, mais específico para o povoado em questão, a fim de facilitar a realização das ações necessárias para a elaboração do projeto. A área foi fragmentada em duas zonas, de acordo com 19 pontos georreferenciados: a Zona Urbana, onde fica inserida o pequeno povoado e a Zona Costeira, que abrange casas de veraneio, vila dos pescadores, praia e dunas. Das entrevistas efetuadas na Zona Urbana, constatou-se que serviços básicos de infra-estrutura são precários. A renda familiar (entre R$ 400,00 e R$ 500,00) é praticamente toda advinda da atividade pesqueira; quando não, das atividades comerciais e turísticas existentes. Quanto a educação, a população julga eficaz. Os serviços de Saneamento Básico são regulares, exceto o serviço de Esgotamento Sanitário. Dos estudos realizados na Zona Costeira, verificou-se que a praia apresenta um ecossistema de dunas e praias equilibrado e pouco afetado por ações antrópicas. Na sua extremidade sul, notou-se uma acumulação de resíduos de diversas fontes, talvez causada pela direção de correntes e marés.O mar recebe pequenos riachos, advindos de “olheiros” existentes dentro de propriedades; além disso, vem avançando em direção à praia, comprometendo construções. |
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CONCLUSÕES:
Diante dos resultados, concluiu-se que a capacidade de suporte da área em questão é insuficiente para comportar os efeitos ambientais advindos de uma ocupação turística não planejada. Esta ocupação traria ao povoado prejuízos ao equilíbrio da sua dinâmica urbana e social e ao ambiente natural. Isso, se esta ocupação conseguisse se estabelecer, já que o déficit estrutural que a área apresenta constitui um aspecto negativo para ocupação turística. É interessante, portanto, que se planeje esta ocupação, a fim de melhorar a qualidade de vida da população e evitar impactos ambientais negativos ao meio ambiente que os suporta. |
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Palavras-chave: Planejamento Urbano; Ocupação Turística; Impacto Ambiental. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |