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D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 5. Enfermagem Pediátrica
AVALIAÇÃO DO PERFIL DE RECEM-NASCIDOS DE BAIXO PESO EGRESSOS DE UM INSTITUIÇÃO PUBLICA.
Maria Vera Lúcia Moreira Leitão Cardoso 2 (cardoso@ufc.br), Quitéria Clarice Magalhães Carvalho 1, Márcia Maria Coelho Oliveira 2 e Lívia Silva de Almeida 2
(1. Departamento de Enfermagem, Universidade de Fortaleza - UNIFOR; 2. Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Ceará - UFC)
INTRODUÇÃO:
A assistência perinatal avança em parceria com as inovações tecnológicas que, beneficiam o diagnóstico precoce e o tratamento do recém-nascido em Unidades de Internação Neonatal (UIN). O atendimento aos bebês prematuros e de baixo peso, requer equipamentos complexos, medicamentos, condutas, pessoal especializado e habilitado, tornando esse tipo de assistência específica e cara para a instituição e para o país.
O número de neonatos de baixo peso ao nascer, ou seja, peso de nascimento <2.500g constitui um importante problema de saúde, representando alto percentual na morbimortalidade neonatal, gerando graves conseqüências sociais para a família e para o país. Considera-se elevado o número de internações nas UIN, em decorrência das situações anormais, acarretadas pela prematuridade.
Constata-se que o avanço tecnológico tem contribuído para a sobrevivência desses RN, e novas medidas assistenciais têm sido implementadas para promover a humanização do atendimento, durante todo período de internação. Verifica-se que, tanto a admissão, como alta hospitalar do neonato, são condutas intrínsecas à responsabilidade da equipe de profissionais que devem manter-se embasados em conhecimentos, habilidades inerentes ao cuidado, visando à saúde e qualidade de vida desta clientela.
Dessa forma objetivou-se: Identificar o perfil das características de nascimentos dos recém-nascidos de baixo peso egressos de uma unidade de internação neonatal no período de julho a dezembro de 2004.
METODOLOGIA:
Estudo do tipo exploratório, quantitativo, realizado em uma Unidade Neonatal (UN) de uma instituição pública de grande porte, no município de Fortaleza-Ce. A população contou de 105 recém-nascidos de baixo peso egressos da UN no período de julho a dezembro de 2004, sendo selecionados para a amostra 98 participantes o que representa 93,33 (%) da população.
A coleta de dados ocorreu através de pesquisa nos prontuários desses RNs tendo como instrumento, um formulário composto por itens que contemplavam variáveis como: idade gestacional (IG) tipo de parto, apgar sexo, peso ao nascer, estatura, perímetro cefálico e torácico, idade gestacional.
Os dados foram analisados, organizados sob forma de quadros e tabelas, com base na estatística descritiva, utilizando-se freqüência absoluta e relativa. Os princípios éticos estiveram presentes durante toda a pesquisa, o que implica no respeito pelos seus informantes, para tanto a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Ceará, obedecendo ao que preconiza a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, que rege as normas para pesquisas envolvendo seres humanos.
RESULTADOS:
Os dados revelaram que em relação a variável tipo de parto 36 (36,73%) foram de parto normal, desses, 3 (3,06%) foram gemelares 33 (33,67%) parto de feto único, observou-se que a cesariana representa a maioria 62 (63,27%) onde, 54 (55,10%) feto único e 8 (8,16%) gemelares.
Quanto à idade gestacional (IG) 84 (85,71%) dos RN eram pré-termos, desses 36 (36,74%) eram Pequenos para Idade Gestacional (PIG), 48 (48,98 %) Adequados para a Idade Gestacional (AIG) e, 14 (14,28%) eram a termos e todos (PIG).
Com relação ao apgar no 1º minuto 8 (8,16%) encontrava-se no intervalo de 0-3 (hipóxia grave), foi observado que 29 (29,59%) estavam entre 4 – 6 (hipóxia moderada) e 61 (62,25%) entre 7 – 10 (boas condições de nascimento). A variável sexo revelou que 45 (45,92%) eram do sexo feminino e 53 (54,08%) masculino.
Em 30 (30,62%) RN o perímetro cefálico (PC) apresentou-se entre 28,5 – 31cm. O maior percentual foi representado pelo intervalo de 31,5 – 34 cm. em 33 (33,67%).
No que se refere à estatura observou-se que 3 (3,06%) estavam entre 27 – 32,5 cm, 9 (9,18%) entre 33 – 37,7 cm. 34 (34,69%) entre 38 – 42,5. A maioria, ou seja, 47 (47,95%) com medidas entre 43 – 47,5 cm.
A amostra trabalhada apontou para um maior nascimento de bebes classificados como baixo peso ao nascer 1.500 a 2.500g, representando 66 (67,34%) destes. Os bebes considerados de muito baixo peso 1.000 a 1.500 representou 26 (26,53%) da amostra. Já os de muitíssimo baixo peso < que 1.000 foram representados por 6 (6,13%).
CONCLUSÕES:
Conclui-se que a avaliação do perfil de crianças de baixo peso egressas da Unidade de Internação Neonatal apresenta-se de grande relevância, pois existe a necessidade dos profissionais de saúde compreenderem as variáveis que poderão interferir no crescimento e desenvolvimento dessas crianças. Portanto a assistência prestada ao recém-nascido de baixo peso, requer um cuidado pautado na abordagem humanística, vale ressaltar que a enfermagem representa um elemento imprescindível, pois a sua essência é o cuidar de forma humanizada, com o olhar voltado para seu chamado social, ou seja, colaborar de forma efetiva para a qualidade de vida de sua clientela.
Instituição de fomento: FUNCAP
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  egressos; baixo peso; prematuros.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005