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A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 4. Química de Produtos Naturais
AVALIAÇÃO DO PERFIL CROMATOGRÁFICO E DA PRESENÇA DE PSORALENO, RUTINA E QUERCETINA EM Ruta graveolens “ARRUDA” CULTIVADA EM CONSÓRCIO COM Daucus carota “CENOURA”.
Diovany Doffinger Ramos 1 (diovany3@hotmail.com), Claudia Andrea Lima Cardoso 2, Maria do Carmo Vieira 3 e Gracyely Pereira de Carvalho 4
(1. Depto. de Ciências Biológicas, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul - UEMS; 2. Depto de Quimica, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS; 3. Depto. de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS; 4. Depto. de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS)
INTRODUÇÃO:
Com relação ao cultivo consorciado de plantas medicinais entre si e, ou com hortaliças, há pouca informação disponível. A associação ou consórcio de culturas tem sido uma das formas de aumentar a produtividade e lucro por unidade de área entre os pequenos agricultores. Nessa prática, o objetivo tem sido o de maximizar a utilização de recursos ambientais e da área, melhorar o controle de pragas, doenças , plantas daninhas, diminuir o uso de insumos como fertilizantes e agrotóxicos e promover o equilíbrio ecológico. Assim, considerando a valorização do uso de plantas para fins medicinais e as crescentes procuras por essa matéria-prima, são necessários estudos que propiciem informações que permitam maximizar os processos de produção de biomassa vegetal, mantendo ou ampliando os teores de substâncias de interesse. A arruda destaca-se como venotônica, antiparasitária, espasmolítica e fotosensiblilizante. Como constituintes temos a rutina que aumenta a resistência dos capilares sanguíneos evitando sua ruptura e os psoralenos que são úteis em casos de vitiligo e psoríase, entre outras propriedades. Os objetivos deste trabalho são avaliar a alteração dos constituintes químicos em arruda (Ruta graveolens) em cultivo solteiro e em consórcio com cenoura (Daucus carota L.).
METODOLOGIA:
As fases de campo do trabalho foram desenvolvidas em área dedicada para o Horto de Plantas Medicinais – HPM, no Núcleo Experimental de Ciências Agrárias – NCA, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, em Dourados – MS. A topografia do local é plana e o solo, originalmente sob vegetação de cerrado, é classificado como Latossolo Vermelho distroférrico, de textura argilosa. O semeio foi realizado em bandejas de plástico com substrato comercial (Plantmax), sendo o transplante realizado no campo e a coleta realizada no período de floração. Foram estudados os espaçamentos de 0,33 e 0,50m entre fileiras, com duas fileiras simples no canteiro (0,54m entre plantas), arranjados como fatorial 6x2, no delineamento experimental de blocos casualizados, com cinco repetições. As dimensões de cada parcela eram de 3,0m de comprimento e 1,08m de largura. O material vegetal (galhos com folhas), foi triturado e posto para secar a temperatura ambiente. Após a secagem, foram pesadas as amostras, cada uma com aproximadamente 1 g. A cada amostra foi adicionado 8 mL de solventes diferentes à temperatura ambiente e deixado em repouso durante 24 horas. O solvente foi filtrado, obtendo-se assim o extrato bruto. Todas as amostras foram analisadas em triplicata. A revelação dos cromatogramas foi efetuada empregando vapores de iodo e p-anisaldeído. Foram monitoradas as substâncias psoraleno, quercetina e rutina. O psoraleno foi monitorado por CLAE-UV.
RESULTADOS:
Visando analisar as amostras oriundas de plantas por consórcio, primeiramente foram determinadas as melhores condições de extração para as substâncias presentes em Ruta graveolens, sendo determinado como melhor solvente extrator clorofórmio/metanol (7:3 v/v), devido aos rendimentos e aos resultados em cromatografia em camada fina. O sistema desenvolvido proporcionou uma boa separação dos constituintes das amostras. As análises cromatográficas revelaram a presença de psoraleno, quercetina e rutina em todos os tratamentos.
O consórcio obteve melhores resultados do que arruda cultivada isoladamente em relação à quantidade de extrato obtido, sendo em alguns casos foi três vezes maior, e também em relação a quantidade de psoraleno, mas não houve variação da composição da arruda em termos qualitativos. Pelos resultados de rendimento foram obtidas melhores respostas em relação à quantidade de extrato obtido de arruda nos tratamentos em que a arruda foi cultivada em consórcio com espaçamento de 0,50 e 0,33m.
CONCLUSÕES:
O plantio em consorcio aumentou a quantidade de extrato bruto obtido e também de psoraleno nas amostras. Em alguns blocos/parcelas houve aumento do teor de psoraleno em três vezes.
Instituição de fomento: PIBIC (UEMS), CNPQ e FUNDECT
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Consorcio; Ruta graveolens; Psoraleno.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005