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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 18. Educação
PDE NA ESCOLA – RENOVAÇAO NA PRÁTICA DE PLANEJAMENTO
Kátia Maria Ferreira Barreto 1 (kmfbarreto@terra.com.br) e Isabel Maria Sabino de Farias 1
(1. Centro de Educação, Universidade Estadual do Ceará - UECE)
INTRODUÇÃO:
O artigo apresenta resultados preliminares de pesquisa sobre a repercussão do PDE nos padrões de participação da comunidade escolar (diretor, articulador de gestão, coordenador pedagógico, coordenador financeiro, secretária, professor, funcionário, aluno e pais) no processo da gestão. Os objetivos específicos deste trabalho foram: avaliar como o PDE vem se processando no contexto escolar; saber que visão os segmentos escolares têm sobre esta iniciativa e sua participação no processo de tomada de decisões na gestão escolar e que repercussões ocorreram para uma mudança na cultura do planejamento.
METODOLOGIA:
A investigação adotou como metodologia a pesquisa de campo do tipo estudo de caso numa perspectiva qualitativa. O trabalho de campo, ocorrido no período de novembro a dezembro de 2004 em 2 (duas) escolas públicas estaduais no município de Fortaleza, envolveu a 17 (dezessete) entrevistas semi-estruturadas com todos os segmentos da comunidade escolar já mencionados, por meio de um roteiro antecipadamente elaborado pelo pesquisador. As entrevistas foram gravadas, transcritas, digitadas e organizadas em um banco de dados.
RESULTADOS:
A análise das entrevistas mostrou que no geral a gestão escolar é democrática e participativa porque a comunidade escolar está sempre presente na escola. Mas essa democracia ainda é uma construção devido a algumas limitações dos sujeitos escolares de ordem cultural. O planejamento administrativo destas escolas foi caracterizado como participativo porque este não é centralizado só no núcleo gestor; a comunidade também participa na tomada de decisões. O PDE, o planejamento estratégico destas escolas, foi definido como um plano para a melhoria da escola. As informações sobre este Plano embora situadas no plano operacional restringe-se ao núcleo gestor. Embora a participação dos segmentos na elaboração do PDE tenha sido maciça, percebe-se por parte de alguns sujeitos que o Plano representa apenas uma fonte de recursos para a escola. A necessidade deste tipo de planejamento foi evidente porque este contribui para a organização da escola, a participação do colegiado e a descentralização da gestão. As escolas revelaram que tem autonomia relativa porque estas dependem de determinações de órgãos superiores (CREDE e SEDUC). O PDE contribuiu para essa autonomia, pois no momento de elaboração do Plano os segmentos podem decidir o que é melhor para a escola. O PDE promoveu a descentralização da gestão ao envolver a participação do colegiado nas questões administrativas da escola.
CONCLUSÕES:
A visão da comunidade escolar sobre o PDE é positiva porque este Plano fortaleceu o trabalho da gestão democrática escolar. Vários são os benefícios deste Plano: descentralização da gestão, participação da comunidade na gestão, melhoria na comunicação entre a Escolas/Secretarias e recursos para a melhoria no trabalho escolar. A participação efetiva da comunidade no planejamento administrativo da escola ainda é um processo que está sendo desenvolvido, mas já dá sinais de progresso quando no momento de elaborar o PDE a comunidade tem autonomia para planejar decidir o que é melhor para a escola. Os recursos que chegam diretamente a escola têm repercutido na melhoria da qualidade do ensino. A necessidade do PDE nestas escolas tornou-se uma realidade para os sujeitos escolares porque este Plano organizou mais a escola e melhorou a aprendizagem do aluno.
Palavras-chave:  Gestão Escolar; Planejamento Educacional; PDE.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005