IMPRIMIR VOLTAR
C. Ciências Biológicas - 7. Fisiologia - 5. Fisiologia
EFEITO ANTINOCICEPTIVO E ANTIULCEROGÊNICO DAS LECTINAS DE SEMENTES DE Dioclea guianensis (DguiL).
Magda Marinho Braga 1 (eusoumagda@hotmail.com), Claudia Ferreira Santos 1, Andrelina Noronha Coelho Souza 1, Fernanda Rocha Holanda 1, Natália Rocha Celedonio 1, José Henrique Leal Cardoso 1, Anna Parícya Florentino de Souza Silva 1 e Benildo Souza Cavada 2
(1. Universidade Estadual do Ceará; 2. Universidade Federal do Ceará)
INTRODUÇÃO:
Lectinas são proteínas de origem não imune capazes de ligarem-se reversívelmente a estruturas glicídica especificas sem provocar qualquer alterações nas mesmas. Apesar de serem encontradas em praticamente, todas as classes de seres vivos, as de plantas têm sido as mais estudadas. Nesse trabalho, investigamos os efeitos de uma lectina de sementes de Dioclea guianensis (DguiL) administradas pelas vias oral (o.v) e intravenosa (i.v) em modelos de nocicepção induzida por formalina. Este modelo permite avaliar dois tipos de dor: uma de origem neurogênica, numa resposta à estimulação direta dos nociceptores, e outra de origem inflamatória, caracterizada pela liberação de mediadores inflamatórios.
METODOLOGIA:
Este teste consiste na injeção intraplantar de formalina 2,5% na pata traseira direita do camundongo 1 hora depois da administração, via oral, e 30 minutos após a aplicação pela via intravenosa da dose de lectina. A dose utilizada foi de 10mg/Kg de animal. Depois de aplicada a formalina registrou-se o tempo transcorrido (em segundos) que o animal passou lambendo a pata durante as fases inicial (0-5 min.) e tardia (15-30 min.). Para esse teste foram utilizados camundongos Swiss machos pesando entre 25 e 30 g mantidos à temperatura de 23 ± 3 °C, em ciclo claro/escuro de 12 h e com acesso à água e ração ad libitum.
RESULTADOS:
Os resultados obtidos mostram que: DguiL administrada via oral (v.o) obteve efeito na segunda fase (101,7500 ±11,7500), mas não na primeira (96,2500 ±12,8606) em relação aos controles (F1: 75,3333 ±9,7011 e F2: 134,6667 ±13,6178). Já quando aplicada via intravenosa (e.v) não obteve efeito nem na primeira fase (88,667 ±16,586) nem na segunda (134,667 ±16,8259), quando comparado aos controles.
CONCLUSÕES:
Devido ao fato dessa proteína ter apresentado efeito apenas na segunda fase, período no qual os agentes causadores da inflamação atuam, concluímos que a DguiL apresenta efeito no combate a dor de natureza inflamatória, mas não na de origem neurogênica. Diante do exposto se faz necessário experimentos seqüenciais com o objetivo de elucidar o efeito e o mecanismo de ação dessa lectina.
Instituição de fomento: FUNCAP
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Lectina; Efeito; Antinociceptivo.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005