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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 8. Educação Matemática
MATEMÁTICA NO ENSINO MÉDIO: UM BICHO DE SETE CABEÇAS OU UMA QUESTÃO DE METODOLOGIA?
Deise Samara Lima de Vasconcelos 1 (deisesamara@ig.com.br) e Lucicléia Pereira da Silva 2
(1. Nucléo de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico - NPADC, UFPA; 2. Secrtetária Municipal de Educação de Ananindeua - SEMED)
INTRODUÇÃO:
Discussões acerca do quê?, porquê?, como?, e para quê? ensinar matemática tem ocupado um lugar dentre as pesquisas desenvolvidas no campo da Educação Matemática. Para alguns educadores o ensino dessa disciplina possui dois objetivos centrais: Ser parte da educação básica, preparando o indivíduo para atuar como cidadão crítico e participativo na sociedade em que está inserido, aplicando conhecimentos relacionados ao raciocínio lógico - matemático para resolução de problemas e servir de base para uma carreira em ciência e tecnologia, ampliando o conhecimento matemático através de pesquisas de cunho específico, mostrando assim a importância desse campo de conhecimento na compreensão do mundo. Porém pesquisas em Educação Matemática evidenciam que nenhum desses objetivos estão sendo alcançados, pois a forma como os conteúdos são discutidos em sala de aula não apresentam relação com o cotidiano dos alunos. Nesse sentindo, pretendeu-se neste trabalho investigar o interesse dos alunos de ensino médio em estudar essa disciplina, assim como a motivação do professor para ensinar, analisando sugestões dos sujeitos do processo de ensino e aprendizagem para melhorar o ensino/interesse pela matemática.
METODOLOGIA:
Este estudo foi desenvolvido com aluno do 1°, 2° e 3° ano e professores de matemática do ensino médio da E.E.E.M. Prof°. Orlando Bitar da rede Estadual de ensino do município de Belém. Foram aplicados 40 questionários com perguntas abertas e fechadas para alunos e 3 para professores. As respostas foram analisadas e discutidas mediante referencial teórico.
RESULTADOS:
Dentre os resultados obtidos constatamos que 100% dos professores investigados relatam que gostam de trabalhar com a disciplina matemática, porém 33,4% afirmam que o seu curso não contribuiu para sua prática docente. Quanto aos alunos 91,7% (1º ano), 50% (2ºano) e 64%(3ºano) gostam de estudar matemática, e dos alunos questionados uma média de 50%(1ºano), 71%(2ºano) e 57% (3ºano), ressaltaram que as aulas devem ser mais dinâmicas e relacionadas com o cotidiano.
CONCLUSÕES:
De posse da análise dos resultados, percebemos uma mudança significativa com relação ao mito de que a disciplina é difícil e que os alunos não gostam de estudar matemática. Essa concepção está sendo paulatinamente superada. Porém é de suma importância dinamizar as aulas, relacionando - as com o cotidiano dos aluno, pois observamos que embora tenha ocorrido mudanças quanto ao interesse pela disciplina, ainda se faz necessário repensar as abordagens e metodologias, dando um enfoque para o trabalho interdisciplinar visando estabelecer relações entre conhecimento científico e conhecimento do senso comum utilizados no dia-a-dia dos sujeitos do processo de ensino aprendizagem.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Educação Matemática; Cotidiano; Processo de ensino e aprendizagem.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005