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G. Ciências Humanas - 3. Filosofia - 2. Filosofia | ||
LÓGICA, CULTURA E LINGUAGEM: FORMAS DO SIGNO E DO SIMBÓLICO EM ERNST CASSIRER | ||
Lamar Tavares de Oliveira 1 (lamar@urca.br) e Carlos Alberto Tolovi 1 | ||
(1. Depto. de História, Universidade Regional do Cariri - URCA) | ||
INTRODUÇÃO:
Pensar sobre o papel da Lingüística e da Semiótica como representantes modelares do que se enquadra como Ciências Humanas é, ao mesmo tempo, reflexão acerca dos domínios e técnicas que tais campos de estudo constituem como Ciência. Neste ponto, cabe destacar o papel do objeto constituinte que caracteriza as disciplinas em questão: o signo. Lingüístico ou Semiótico, o signo é pensado (e concretizado) como instância primordial da capacidade intelectiva e epistemológica humana, elemento essencial para a mediação das possibilidades de relação entre sujeito e objeto do conhecimento. Pensando dessa forma, algumas considerações foram feitas acerca dos limites e possibilidades da função sígnica a partir de questões como: qual a relação entre signo e símbolo (como formas representativas culturais)? Que instância caracteriza a relação simbólica do signo? E, finalmente, que modos de atuação o símbolo estabelece como representante de um universo de referências a que chamamos de Cultura? Diante destes aspectos, tais abordagens serão ilustradas partindo das reflexões teóricas do filósofo alemão Ernst Cassirer (1874-1945), cujas idéias estabelecem uma relação importante entre uma leitura de mundo (linguagem) e sua função simbólica de interpretação de “sistemas” da esfera do humano (Mito, Religião, Arte, Ciência, História), função esta colocada sob o enfoque de uma conceituação sistemática estrutural do Mito. |
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METODOLOGIA:
Para dar significação ao objetivo proposto, foram feitas pesquisas bibliográficas relativas às temáticas apresentadas, o qual inclui uma descrição dos conceitos de signo e símbolo, bem como de seus posicionamentos na Lingüística, na Semiótica (Peirce), na Psicologia (Jung) e na Filosofia, sendo que, esta última, ocupou nossa perspectiva teórica, pelas propostas de Cassirer no campo do discurso mítico. |
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RESULTADOS:
Verificamos que para se compreender como funciona a relação entre o sígnico e o simbólico, bem como sua participação na esfera de criação do conhecimento e da cultura, operada pelo discurso mítico, faz-se necessário compreender a importância que o discurso mítico opera na construção da episteme humana, importância esta centrada na difusão de valores universais que são transmitidos pela “lógica” particular que cada cultura manifesta e a representa. |
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CONCLUSÕES:
Por tratar-se de uma pesquisa cuja natureza envolve elementos que abordam reflexões nos campos da Episteme e do Mito, observamos que as relações entre o signo e o simbólico são constituídas como o traço fundamental que caracteriza o conhecimento (episteme), razão esta pela qual o homem, dentro da perspectiva da racionalidade cognoscente, utiliza-se desta relação para dar sentido e forma à sua produção de sistemas e valores e, inicialmente, tal relação tem seu fundamento (ou criação de sentidos) no discurso mítico, este último caracterizado como uma forma de linguagem cuja estrutura é essencial para a criação de “epistemes lógicas universais”. |
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Instituição de fomento: Universidade Regional do Cariri - URCA | ||
Palavras-chave: Símbolo; Signo; Mito; Linguagem; Filosofia; Semiótica; Psicologia; Cassirer; Jung; Peirce. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |