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D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem
SEXUALIDADE E CORPO: REFLEXÕES SOBRE A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Alisson Azevedo Gois 1 (alissongois@pop.com.br), Carla Grasiela Santos de Oliveira 2, Getulio Sant'Anna Góes 3, Ingrid Almeida de Melo 4, Jacqueline Gomes da Cunha Cabral 5, Priscila Arcaro de Sousa 6 e Maria Pureza Ramos de Santa Rosa 7
(1. Graduando do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Tiradentes - UNIT; 2. Graduanda do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Tiradentes - UNIT; 3. Graduando do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Tiradentes - UNIT; 4. Graduanda do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Tiradentes - UNIT; 5. Graduanda do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Tiradentes - UNIT; 6. Graduanda do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Tiradentes - UNIT; 7. Profa. do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Tiradentes - UNIT)
INTRODUÇÃO:
A sexualidade é construída ao longo da vida, da historia pessoal desde a infância, na teia de relações interpessoais que se estabelecem entre o indivíduo e o ambiente o qual vive sendo permeado por ideologias e visões de mundo diferenciadas. Ela é essencial para o bem estar individual, interpessoal e social. Este estudo objetiva refletir a prática da enfermagem frente a sexualidade, observando a inter-relação entre a equipe de enfermagem e paciente afim de contribuir para uma ação de enfermagem desprovida de resistências culturais e filosóficas, que limitem a transcendência do SER.
METODOLOGIA:
Este estudo tem natureza descritiva, caráter exploratório e abordagem quanti-qualitativa, utilizando como instrumento para coleta de dados um roteiro de entrevistas semi-estruturado, aplicado em uma amostra de 38 usuários de 17 a 59 anos, de ambos os sexos, selecionados aleatoriamente por freqüentarem o Pronto Atendimento 24h e do CEMAR, no município de Aracaju-SE.
RESULTADOS:
Entre os 38 pacientes entrevistados havia 20 homens (53%) e 18 mulheres (47%). Um considerável percentual (79%) desconhece o significado da sexualidade e 21% tem conhecimento do significado correto. Observou-se que 95% dos pesquisandos relataram que o enfermeiro agiu de forma adequada durante a manipulação do seu corpo e 5% não recebeu cuidado adequado. Registrou-se também que 53% dos pacientes não sentem sua privacidade invadida com o cuidado de enfermagem e 47% sentem-se com a privacidade violada. Dos entrevistados 63%não acreditam que os padrões sociais, tabus, preconceitos interferem na relação enfermeiro/paciente, e 37% acham que esses fatores são muito prejudiciais a essa relação.
CONCLUSÕES:
O estudo evidenciou que os pacientes entrevistados desconhecem o conceito de sexualidade e que a maioria destes definiu sexualidade como sendo a relação sexual. Um percentual de 95% que demonstra que a enfermagem agiu de forma correta ao manipular o corpo na execução de procedimentos, pode estar significando o agir correto da enfermagem ou ainda que o indivíduo vem desprendendo-se e alcançando comportamentos contemporâneos, ou ainda deva-se considerar que o fato da necessidade básica afetada deixa o paciente vulnerável. No entanto, a incompreensão da sua sexualidade o faz imperceptível aos movimentos e emoções que refletem a essência do seu ser. Na busca da integralidade da assistência, a enfermagem deixa o epistemológico, avançando para além do discurso em prol da harmonia biopsicosocial.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Sexualidade e corpo; Assistência de Enfermagem; Pacientes.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005