|
||
F. Ciências Sociais Aplicadas - 1. Gestão e Administração - 3. Gestão da Produção e Marketing | ||
A LOGÍSTICA INTERNA DE UMA EMPRESA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS | ||
Camila Avozani Zago 1 (avozani@terra.com.br), Renata Coradini Bianchi 2 e Milton Luiz Wittmann 3 | ||
(1. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção,Universidade Federal de Santa Maria-UFSM; 2. Depto. de Ciências Sociais Aplicadas,Centro Universitário Franciscano- UNIFRA; 3. Programa de Pós-Graduação em Administração e Engenharia de Produção - UFSM) | ||
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho foi realizado na área de logística interna e operações de uma agroindústria, a fim de conhecer a realidade na qual a organização está inserida em relação à atualidade, visto que o setor do agronegócio está em ascensão. O estudo é relevante por apresentar a forma de organização de uma empresa multinacional, com sede no Rio Grande do Sul, produtora de máquinas agrícolas para o mercado interno e externo. O estudo teve como objetivo geral conhecer e analisar a situação da área de logística interna e de operações da empresa, além de desenvolver um pensamento reflexivo, criativo e crítico, acerca do conteúdo de logística empresarial da organização, sob uma ética empreendedora, comparando assim, a teoria com a realidade organizacional. Especificamente, verificaram-se as atividades na organização, programações das operações, estoques e suprimentos no setor produtivo da empresa (MRP); diagnosticando os procedimentos de recebimento e manuseio de materiais adotados pela empresa. |
||
METODOLOGIA:
A pesquisa partiu de um referencial teórico e documental, seguida de contatos e entrevistas com diretores membros da empresa. Constituiu-se em um estudo descritivo a partir de um estudo de campo (levantamento). Como instrumentos de pesquisa foram utilizadas entrevistas semi-estruturadas e observações, seguida de análises da execução das tarefas, seguidas de críticas, conclusões e sugestões às atividades desenvolvidas pela organização. |
||
RESULTADOS:
A empresa utiliza-se do MRP (Planejamento dos Recursos de Manufatura–Manfacturing Ressources Planning) para definir o lote mínimo de produção, os gargalos e o giro de estoque, assim como os investimentos e a mão-de-obra necessária. Com o intuito de gerar informações concisas e confiáveis, a empresa estabeleceu etapas para o fluxo do MRP: parâmetros, preparação, geração e cálculo. Assim, o MRP constitui-se na base fundamental da logística interna da empresa, sendo responsável pelo cálculo e encaminhamentos de compra de componentes de acordo com o forecast. Além disso, é um sistema que inclui as informações necessárias ao bom funcionamento da organização. No tocante a gestão de estoques a empresa utiliza-se do sistema Kanban, cuja responsabilidade pelo reabastecimento é do fornecedor e do sistema tradicional de programação das operações. No entanto, possui uma política que visa o estoque zero, porém, para suprimentos importados é adotado um estoque mínimo até a reposição, a fim de cobrir o lead time do fornecedor e o transit time da mercadoria. O estoque da empresa varia de acordo com a necessidade e com o valor do item, sendo analisado através da curva ABC. Já o PCP (Planejamento e Controle da Produção) é realizado conforme o destino do produto, priorizando a programação semanal. A partir das informações contidas no MRP são elaboradas planilhas com ordens de produção diária, semanal e mensal, posteriormente são feitas as ordens de trabalho. |
||
CONCLUSÕES:
Atualmente, era da globalização, os concorrentes da empresa em questão não são mais apenas empresas vizinhas, e sim organizações de todas as partes do mundo, disponibilizando produtos e serviços de qualidade por um preço competitivo. A empresa possui atividades logísticas diluídas em diversas áreas, porém, as operações são sincronizadas e gerenciadas através do MRP, que é a base da sua logística interna. As demais operações como gestão de estoques, programação das operações e recebimento de materiais, assim como as atividades relativas às fontes de recursos, sejam eles materiais, humanos ou financeiros estão vinculadas às informações contidas no MRP. Apesar de ter diretrizes bem definidas, os procedimentos realizados pela empresa também apresentam desvantagens. Ocorre erro de estoque devido às alterações na estrutura do produto e no mix de produção, ocasionando faltas, além de incrementos junto aos fornecedores que possuem capacidade restrita, sendo que muitas vezes não conseguem reagir aos incrementos de produção dentro do período firme, ocasionando atrasos na entrega dos materiais. Para reduzir os atrasos por parte do fornecedor a empresa está trabalhando com a metodologia Seis Sigma, além do mapeamento de processos com base na filosofia do Balanced Scorecard. Com isso, a organização procura otimizar suas operações logísticas ao longo da cadeia de suprimentos. |
||
Palavras-chave: Logística interna; Operações; Agroindústria. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |